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Indústrias começam a parar no Rio Grande do Sul FIERGS traçou um panorama da situação atual

O setor industrial gaúcho já contabiliza inúmeros prejuízos com a paralisação dos caminhoneiros. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller, a situação deverá se agravar caso o assunto não seja resolvido nas próximas horas. A entidade, que vem recebendo diariamente relatos dos segmentos mais afetados, reuniu as informações e traçou um panorama atual. 
 
Situação dos setores
 
- Nível de produção do setor metalmecânico está afetado pela falta de transporte da matéria-prima.
 
- Fábrica de embalagens parada desde quinta-feira, em Farroupilha, por não receber matéria-prima (papel e outros insumos) e pela falta de caminhões para transportar os produtos finais.
 
- Agroindústria de alimentos já acumula fortes prejuízos por operar itens perecíveis e pela falta de embalagens. 
 
- Um terço da capacidade de processamento da indústria láctea (13 milhões de litros de leite/dia) não está chegando às indústrias.
 
- No segmento têxtil, que vende para outros Estados, as transportadoras não coletam os produtos por falta de espaço nos seus depósitos, já lotados.
 
- As indústrias de reparação de estradas estão sem diesel, sem asfalto, sem cimento e são impedidas de transitar com máquinas e cargas de brita.
 
- O segmento da indústria moageira de trigo tem unidades paralisadas por falta de matéria-prima. 
 
- O segmento avícola prevê 45 dias para recompor seu sistema de produção, e alerta para a suspensão de pagamentos de fornecedores, salários e tributos.  
 
- A indústria de produtos suínos chama a atenção para os problemas que podem ser gerados pela falta de refrigeração nos caminhões paralisados com produtos e pela não entrega de medicamentos e rações nos criadouros de animais.
 
 
Os principais problemas comuns na agroindústria:
 
1º - Redução dos estoques de grãos (soja e milho), baixando a produção das fábricas de ração (aves e suínos).
 
2º - Suspensão de entrega de ração e medicamentos para os animais nas propriedades rurais, causando mortes de animais e possíveis perigos sanitários (aves e suínos).
 
3º - Interrupção do transporte de animais para os criadouros (aves e suínos), como de animais para a indústria frigorífica (aves, suínos e bovinos) e de leite para os laticínios, paralisando a produção industrial.
 
4º - Impedimento de saída dos produtos das indústrias, bem como produtos paralisados nas estradas (todos os setores), o que prejudica o atendimento ao mercado interno e às exportações.
Publicado sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2015 - 15h15