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Para FIERGS, aumento dos juros inibe investimentos industriais

“Esta é a quinta elevação consecutiva da taxa Selic, representando uma adicional pressão sobre os custos ao segmento produtivo no início de 2015 e encarecendo o investimento e o consumo. Entendemos a necessidade de ajuste na economia brasileira, porém este não pode ser conduzido apenas pelo aumento dos juros e da carga tributária. A situação atual pede uma revisão mais profunda na estrutura de gastos do setor público. A retomada do crescimento passa pela restauração da confiança na capacidade do governo liderar um projeto de longo prazo”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, nesta quarta-feira (29), ao avaliar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de aumentar a Selic em 0,50 ponto percentual, totalizando 13,25% ao ano.
 
O presidente da FIERGS destacou ainda que o aumento de juros ajuda no combate à inflação, mas penaliza também a atividade produtiva. “Para manter a inflação sempre perto da meta – e não no limite de tolerância – é necessário um efetivo controle do endividamento do governo. Isso reduzirá a pressão sobre os preços e também abrirá espaço para a redução de impostos, que gera um ônus adicional para os produtores e consumidores”, reforçou.
 
Publicado quinta-feira, 30 de Abril de 2015 - 10h10