O Índice de Desempenho Industrial (IDI) teve crescimento de 3,2% em outubro, comparado ao mesmo mês do ano passado, terminando uma seqüência de 19 meses de queda. Este aumento foi impulsionado pelas compras (11%). No acumulado do ano, porém, o número continua negativo: -5,3%. Os resultados foram divulgados pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, nesta quinta-feira,7. ¿Esta virada era esperada antes de outubro e não representa um novo ciclo de crescimento, apenas reflete uma base de comparação baixa, já que o cenário regional continua o mesmo¿, afirmou Tigre, lembrando que esse resultado não deve reverter a projeção de fechamento de ano negativo.
No acumulado de janeiro a outubro, comparado ao mesmo período de 2005, todas as variáveis estão negativas: vendas (-7,2%), compras (-8%), pessoal ocupado (-4,5%), horas trabalhadas na produção (-6,4%) e utilização da capacidade instalada (-0,4%). O Índice de Difusão está em 45,1%, o que significa que 54,9% das empresas pesquisadas pela FIERGS estão com desempenho negativo nas vendas. Com relação ao emprego na indústria, o número já chega a -4,5%, sendo que o menor nível de emprego é disseminado entre os segmentos industriais, com destaque para couro e calçados, metal-mecânica, móveis e fumo.
Setorialmente, apenas os produtos da indústria têxtil (10,4%), de material eletrônico (15,4%), borracha (3,6%) e bebidas (0,3%) tiveram crescimento, devido ao vínculo com o mercado interno. Os setores com as quedas mais expressivas estão ligados às exportações e ao agronegócio, como alimentos (-7,8%), couros e calçados
(-8,7%) e máquinas e equipamentos (-9,8%).
Com relação a outubro, comparado ao mesmo mês de 2005, além de compras (11%), apenas a utilização da capacidade instalada (1,7%) foi positiva. As demais variáveis foram: vendas (-2,1%), horas trabalhadas (-1,1%) e pessoal
(-1,5%).
