A corrente de comércio entre Peru e Brasil subiu mais de 15% em 2022, na comparação com o ano anterior. Em compensação, com o Rio Grande do Sul, a queda foi de 20,63% no mesmo período. Em busca de alternativas que incrementem o comércio entre o país e o Estado, o cônsul geral peruano em São Paulo, Luis Armando Monteagudo Pacheco, esteve na FIERGS nesta quinta-feira. Foi recebido pelo presidente Gilberto Porcello Petry, que defendeu uma maior integração comercial do Brasil com a América Latina.
Petry e Pacheco começaram a tratar da organização de uma missão de empresários do RS para um encontro no Peru, em setembro. O cônsul solicitou que sejam indicados os principais setores de interesse dos gaúchos, para alinhar reuniões com a Câmara de Comércio ou até mesmo com o Ministério da Economia do país. No ano passado, o Rio Grande do Sul exportou principalmente Plástico e suas obras (18,66% da pauta) e Veículos e suas partes (15,93%) para o Peru, e importou Sal (fosfato de cálcio); enxofre; gesso, correspondente a 87,84% do total. Entre janeiro e abril de 2023, a corrente entre gaúchos e peruanos aumentou de 11,5%.
Em 2016, os governos do Brasil e do Peru assinaram o Acordo de Ampliação Econômico-Comercial que disciplina matérias de investimentos, serviços e compras governamentais e busca uma maior integração comercial entre os dois países. No Brasil, já foi chancelado pelo Congresso Nacional e aguarda promulgação presidencial para entrar em vigor. O acordo ainda não foi aprovado pelo legislativo peruano.
