Na sequência, o diretor de Assuntos Institucionais do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Luis Madi, informou que a instituição tem trabalhado arduamente no desenvolvimento de publicações com informações confiáveis em relação aos alimentos industrializados. Madi explica que o Ital vem elaborando e atualizando documentos técnicos sobre tendências, valor nutricional dos alimentos industrializados, ações para uma melhor sustentabilidade na produção e distribuição dos produtos e para alertar o consumidor que os produtos industrializados não são “vilões”.
A entidade organizou e digitalizou todas essas informações e lançou o site, que inclui diversos dados sobre a produção de alimentos, inclusive, com uma área dedicada a esclarecer mitos e fatos. Clique aqui para conhecer. “No início de 2024, vamos ter documentos em espanhol e inglês”, adianta.
Segurança de alimentos industrializados
A segurança de alimentos como fator de valorização das indústrias da alimentação foi o tema abordado pela analista de serviços técnicos e tecnológicos Senai Debora da Silva Brum, que iniciou sua fala revisitando como funcionava a alimentação humana no passado, até chegarmos na atualidade, e o papel do conhecimento científico no mundo de hoje. “Precisamos esclarecer o que é um produto saudável e seguro com embasamento científico. Um alimento só é saudável se ele for seguro e a indústria tem processos para isso”, ressaltou. A analista do Senai apresentou dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), que mostram a potência e o destaque do Brasil no setor de alimentos industrializados: 58% de tudo que é produzido no campo é processado pela indústria. Hoje, o Brasil é o segundo maior exportador mundial de alimentos industrializados em volume e o quinto em valor.
Já a nutricionista e consultora na área de assuntos regulatórios e científicos para a indústria de alimentos e bebidas Márcia Terra abordou o impacto dos alimentos industrializados na dieta moderna, e a importância dos processos industriais para a alimentação. Ela falou sobre uma pesquisa norte-americana do International Food Information Council (IFIC), relativa ao que as pessoas pensam sobre alimentos processados: de cada quatro entrevistados, três dizem que evitam ou querem evitar alimentos nesses moldes. “Eles estão na berlinda, o dado é norte-americano, mas pode ser estendido ao Brasil. Não existem alimentos bons e ruins, mas sim, dietas equilibradas”, alertou. A pesquisa também mostra qual a principal fonte de informação sobre alimentação e as redes sociais despontam como principal meio, principalmente, Facebook, YouTube e Instagram – embora 68% considerem as informações confusas. Sobre os aspectos positivos da dieta moderna ela cita: conveniência, acesso a alimentos diversificados, fortificação e redução do desperdício de alimentos. “Possibilidades dos alimentos industrializados”, completou.
Case de industrial
Para finalizar o evento, a química responsável pela área de Gestão de Produtos, Desenvolvimento e Inovação e pelo projeto Orquídea ECO, da Orquídea Alimentos, Sandra Vaz, apresentou o case da empresa de 70 anos de atividades, que mostra a importância dos alimentos industrializados na sociedade atual. Ela reforçou a segurança alimentar proporcionada pelas indústrias, que possibilita também a acessibilidade a alimentos diversificados. Sandra apresentou a evolução da empresa, que começou moendo trigo em um pequeno moinho pela demanda de agricultores e hoje conta com mil funcionários. Atualmente, a Orquídea produz mensalmente 5 mil toneladas de farinha, 10 milhões de pacotes de massa, 6 milhões de pacotes de biscoito e 700 mil pacotes de pré-mistura.
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