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Müller defende a necessidade de ações de reindustrialização como contrapartida à crise do Estado

“O contraponto à crise é o convencimento do papel estratégico do setor industrial como centro da retomada do crescimento. Defendemos um forte processo de reindustrialização. Onde há indústria, tem crescimento”. As palavras são do presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, durante a reunião promovida pelo governo do Estado nesta segunda-feira (4) com líderes empresariais e empreendedores, no Palácio Piratini, para apresentar o cenário econômico gaúcho. “Não se pode focar somente o caixa. É preciso uma visão estrutural, um plano de viabilização econômica do RS”, completou. Ele lembrou que o atual nível da produção industrial se encontra no mesmo patamar de 2004, e que nos primeiros meses de 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção caiu 12,5% na comparação com o mesmo período de 2014.

Müller ainda ressaltou a importância da transparência do governo do Rio Grande do Sul. “Há um acervo de propostas importantes no trabalho da Agenda 2020, que precisa ser levado a sério. Existe, ainda, a colaboração do PGQP para a melhoria de gestão”, comentou. “Nesse contexto de desafios, o que esperamos da administração gaúcha como um todo é uma conduta de equilíbrio, ou seja, não gastar mais do que a receita e não onerar setores sem dar contrapartidas”, completou.

De acordo com dados levantados pelo governo, em 2015, faltarão R$ 5,4 bilhões aos cofres públicos e será preciso desembolsar R$ 30,8 bilhões para cumprir todos os compromissos. A dívida do Estado com a União é o dobro do valor arrecadado, chegando a R$ 54,8 bilhões. Também participaram do encontro representantes das Federações do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomércio), da Agricultura (Farsul), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) e das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul).

 

Publicado quarta-feira, 6 de Maio de 2015 - 11h11