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Pelo menos nos próximos 12 meses, dificilmente ocorrerá alguma alteração na já problemática relação comercial com a Argentina, que impõe barreiras para produtos do Brasil, causando prejuízos especialmente aos exportadores do Rio Grande do Sul. A previsão é do advogado Pablo Andres Artagaveytia, sócio do maior escritório de advocacia daquele país, Marval, O'Farrell & Mairal, que representa algumas das principais empresas brasileiras. Ele participou, nesta quinta-feira, da reunião do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex) da FIERGS, na sede da entidade, com representantes de indústrias gaúchas que têm na Argentina um importante mercado comprador. “As perspectivas são ruins no curto prazo, até a eleição presidencial de outubro de 2015, nada vai mudar”, disse. “Em 2016, a situação será bem melhor”.

Na reunião, que contou com empresas dos setores de móveis, calçados, automotivo e metalmecânico, entre outros, o advogado abordou o tema Perspectivas Políticas, Econômicas e Jurídicas da Argentina em Relação ao Brasil. Com uma inflação anual de 40%, uma recessão que afeta a população argentina e uma discussão jurídica com os “fundos abutres”, que chegou à justiça americana, Artagaveytia vê na falta de regras claras do governo de Cristina Kirchner uma das principais razões que levam os investidores a se afastarem do país. O encontro foi conduzido pelo vice-coordenador do Concex, Aderbal de Lima.

 

Publicado quinta-feira, 2 de Outubro de 2014 - 16h16