Você está aqui

CNI lança agenda nacional para melhorar formação dos profissionais brasileiros

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou, nesta quarta-feira (30), o projeto Educação para o Mundo do Trabalho − iniciativa que mobiliza empresários, governos, educadores, pais e alunos com o objetivo de acelerar a transformação da educação brasileira. O plano é voltado especialmente aos trabalhadores da indústria, aos jovens do ensino médio e às pessoas entre 18 e 24 anos que não estudam e não trabalham. No Rio Grande do Sul, o lançamento ocorreu em 14 de agosto com a participação de 125 pessoas.

O que se busca é oferecer a esses grupos da população caminhos para o desenvolvimento pessoal e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade do trabalho no Brasil. "A escola brasileira precisa mudar, dialogar mais com o jovem e prepará-lo para o trabalho. E essa preparação é mais complexa do que simplesmente anos de estudo", afirma do diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi.

A proposta do projeto é melhorar a educação para 16,4 milhões de pessoas, das quais 8,7 milhões são jovens que estão no ensino médio e outros 2,1 milhões fora da escola e sem emprego, além de 5,6 milhões de trabalhadores da indústria. Desses últimos, 81 mil são analfabetos, 2,6 milhões têm ensino fundamental incompleto, 1,8 milhão têm ensino fundamental completo e 1,1 milhão tem ensino médio incompleto.

As ações seguirão quatro linhas:

1. Promoção da melhoria do nível de escolaridade básica do trabalhador industrial;

2. Promoção da educação profissional como forma de ampliar a qualificação do trabalhador industrial;

3. Aproximação entre o jovem e o mundo do trabalho;

4. Reversão do desalento dos jovens aproximando-os da escola e do trabalho.

Essas diretrizes surgiram ao longo das discussões estaduais, entre agosto e setembro deste ano, que contaram com a participação de 1.400 especialistas em educação, empresários, gestores da área, professores, pais e alunos.

No Rio Grande do Sul, com os resultados dos debates do seminário e o alinhamento com as diretrizes nacionais, o próximo passo já está planejado. "Em novembro deveremos ter um encontro para então estabelecer um plano de ação", explicou a diretora de Educação e Tecnologia do Sistema FIERGS, Elisabeth Urban.

Publicado quinta-feira, 31 de Outubro de 2013 - 0h00