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Apex-Brasil repassa R$ 15 milhões para três setores industriais do RS

Os convênios foram assinados na Expointer 2008

A Expointer 2008 deixou três áreas da economia gaúcha mais perto do mercado externo. Representantes dos setores de máquinas agrícolas, avicultura e carnes se encontraram no Parque Assis Brasil, em Esteio, nesta quinta-feira, para assinar convênios de promoção dos produtos no mercado internacional com a Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos(Apex-Brasil). Os recursos destinados chegam a R$ 15 milhões.

O presidente da FIERGS, Paulo Tigre, participou do evento e defendeu que outros setores da economia gaúcha ligados ao agronegócio ampliem as vendas externas. "Temos os laticínios, o vinho, o couro. São setores que o Rio Grande do Sul já tem um forte desempenho, mas pode conseguir melhores resultados", disse na cerimônia, que contou com a presença da governadora Yeda Crusius. A opinião do industrial foi compartilhada pelo presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira. "Nosso país tem um enorme potencial agrícola e uma indústria que trabalha com excelência. Ao unirmos estas duas virtudes, aumentaremos nossa atuação no comércio global".

No caso do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul, trata-se de um termo aditivo ao projeto iniciado em 2006. O presidente da endidade, Cláudio Bier, acredita que o incentivo vai auxiliar na conquista de um mercado que é o antigo sonho de consumo das indústrias: o Leste Europeu. "A safra deles acontece num período que estamos com folga na capacidade produtiva. Atingir aquele mercado significa usar a nossa máxima capacidade instalada ao longo de todo ano", defende. Até o final de maio, o setor exportou US$ 12,5 milhões com a parceria.

Para a avicultura, os investimentos ajudarão o país a consolidar a posição de destaque no cenário mundial, em que o Brasil detém 40% dos embarques do segmento. São R$ 4,7 milhões até agosto de 2010. "Hoje atendemos mercados dos cinco continentes, mas ainda há muito que fazer. Novos países a serem conquistados representam mais empregos, mais dinheiro circulando na economia, já que a cadeia da avicultura é altamente empregadora", esclarece o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abief), Francisco Turra.

Situação semelhante vive o setor de carnes, líder mundial em exportações. Desde 2001, as vendas quadruplicaram e alcançaram os R$ 4,4 bilhões em 2007. "Temos uma grife chamada Brazilian Beef. Foi feito um investimento pesado para agregar valor ao nosso produto, com cortes inovadores e animais precoces", ressalta o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Giannetti da Fonseca.

Publicado quinta-feira, 4 de Setembro de 2008 - 0h00