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Para os professores do Sesi, sucesso é o reconhecimento de seus alunos

Receber a notícia de que seus alunos foram classificados para o 10º World Mathematics Team Championship (WMTC), na China, é uma ótima maneira de comemorar o dia dos professores. Assim está sendo para a Guiomar de Souza, da Escola Sesi de Gravataí. Recentemente, ela foi comunicada de que vai embarcar com seis de seus alunos para o outro lado do mundo, onde vão integrar a delegação brasileira que concorre com equipes de diferentes países na área de exatas em novembro. “Essa é a nossa vitória, minha vitória enquanto educadora e de todo o grupo, porque na Escola Sesi temos a proposta de trabalhar em grupo, a metodologia funciona tanto para os estudantes e professores, quanto para equipe diretiva, nós somos um conjunto. Uma ótima forma de comemorar esse dia”, comenta Guiomar. Os alunos reconhecem a importância da mestre no aprendizado. Amanda Petters, do terceiro ano, lembra que sempre teve muita dificuldade na área de exatas. “A Guiomar e os demais professores de matemática me ajudaram muito aqui na escola e com a metodologia do Sesi eu evolui muito, tanto no entendimento da matemática, quanto em lógica”, conta.

Ter o trabalho desenvolvido com os alunos reconhecido é algo que vem ocorrendo entre os professores das Escolas Sesi, que iniciou oficialmente suas atividades em Pelotas, no ano de 2014. De lá para cá, foram mais de 60 prêmios científicos e reconhecimento pelo Ministério da Educação, Sebrae e Hub de Inovação. Esse último foi concedido ao trabalho desenvolvido pela professora de inglês da Escola Sesi de Pelotas, Marina Dias, com os alunos Douglas Machado e Rafael Büttow. Eles venceram o desafio de elaborar uma composição musical autoral e um clipe de três minutos, que ressignificasse o futuro das profissões. O trio foi vencedor nacional de uma disputa com mais de 2,5 mil participantes de 21 estados brasileiros. Como prêmio foram ao Rock in Rio, ao Museu do Amanhã e a uma produtora de vídeo carioca, para conhecer um pouco mais sobre esse mercado. “Ser professora na Escola Sesi é trabalhar de uma maneira engajada, multidisciplinar, e promover um processo de autoconhecimento para o aluno que é muito rico. Dá muita satisfação para nós como professores saber que esses jovens, dentro da escola, já estão percebendo o que podem devolver para a sociedade”, afirma Marina.

A colega Joseane do Amaral, professora de matemática e Mind Lab também na unidade de Pelotas, esteve na Tunísia e na Escócia junto com os alunos Nicolas Ledebuhr e Renata Santos, já formados na Escola Sesi. Eles foram representar a instituição com o projeto Trigonometria na prática: Construção do Teodolito Caseiro com Materiais Alternativos e Teodolito Eletrônico de Baixo Custo. “Ser professor aqui nos permite sermos mediadores de projetos de vida. Eu não imaginava viajar para outro país e foi muito gratificante ver que o nosso trabalho na escola foi reconhecido dessa forma. A aprendizagem na viagem foi múltipla, os papeis se misturam. O aluno ajuda o professor e vice-versa, assim como é no nosso dia a dia”, relembra.

Já o atual diretor da Escola Sesi de Montenegro, João José da Cunha, que iniciou por lá como educador físico, relembra com orgulho de um dos trabalhos que orientou os alunos, hoje no terceiro ano, e que vem rendendo frutos. Trata-se do Alerta! Alerta de Enchente, que, inclusive já está em fase de testes. A iniciativa tem como finalidade ajudar na evacuação de populações ribeirinhas em períodos de enchentes, visando principalmente as águas do Rio Caí. Nas aulas de robótica, o grupo resolveu criar um robô que verifica a altura do nível da água e envia uma mensagem para um aplicativo. “Ser professor na Escola Sesi é a chance de colocar em prática tudo que vemos na teoria. Na correria do dia a dia, não paramos para ver a diferença que fazemos na vida do nosso aluno é leva-los a transformar as suas vidas e, consequentemente, a da sociedade”, avalia.  

No dicionário, a definição de professor é mestre, indivíduo que ensina. “Mas aqui também aprendemos muito com eles, os alunos são protagonistas do próprio aprendizado, nós professores aprendemos a ser os mediadores desse processo, de modo a torná-lo mais significativo. Todo o dia, quando entramos em sala de aula, queremos ser a diferença para aquele aluno. Esse é o papel do professor”, reflete a professora de química da Escola Sesi de Sapucaia do Sul, Eduarda Borba Fehlberg.

Publicado Terça-feira, 15 de Outubro de 2019 - 11h11