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Senai e GM iniciam a manutenção de respiradores

A rede nacional voluntária, liderada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e dez grandes indústrias, que realiza a manutenção de respiradores mecânicos que estão sem uso, teve hoje no Estado sua efetivação. O Senai-RS levou dois aparelhos que estavam no Hospital de Tramandaí para o laboratório da General Motors, em Gravataí, onde serão consertados por técnicos da empresa e da instituição. A ação integra uma série de iniciativas que o Senai vem fazendo para contribuir no combate à pandemia. A rede voluntária conta com 25 pontos para receber os equipamentos no Brasil, dos quais dez são unidades do Senai e 15 estão em plantas das seguintes empresas: ArcelorMittal, Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Ford, General Motors, Honda, Jaguar Land Rover, Renault, Scania, Toyota e Vale.

No Rio Grande do Sul, o Instituto Senai de Inovação em Soluções Integradas em Metalmecânica, sediado em São Leopoldo, conduz a ação, juntamente com a General Motors. É na planta da GM, em Gravataí, que está montada a oficina para a recuperação dos aparelhos. “Já estamos em ação. Além das atividades de manutenção, estamos mapeando e buscando respiradores na rede de saúde, articulados com outras importantes iniciativas regionais como o Pacto Alegre (Brothers in Arms), Instituto Cultural Floresta e atores do governo”, explica o gerente do Instituto Senai, Victor Gomes. O Senai Gravataí, Instituto Senai de Tecnologia em Mecatrônica e Instituto Senai de Tecnologia em Petróleo, Gás e Energia também participam da ação. “A capilaridade da rede Senai permite essa proximidade da indústria. Esta semana alguns equipamentos do Senai de Gravataí já foram instalados no laboratório da GM”, destacou. Além do RS, outros 12 Estados são Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte , Santa Catarina e São Paulo.

No momento, mais de 3,6 mil ventiladores pulmonares estão fora de operação no Brasil, seja porque foram descartados ou têm necessidade de manutenção, de acordo com a LifesHub Analytics e a Associação Catarinense de Medicina (ACM). Segundo os dados, existem 65.235 desses equipamentos no país, sendo 17.837 na rede privada e 47.398 no Sistema Único de Saúde (SUS). Os respiradores mecânicos são essenciais no tratamento de doentes que apresentam sintomas graves da Covid-19, pois a Síndrome Respiratória Aguda Grave é um dos efeitos mais sérios da doença.

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Publicado quinta-feira, 2 de Abril de 2020 - 15h15