“O Sindividros-RS já tem o Qualividros, uma formação dos agentes que consomem os vidros, os especificadores – engenheiros civis, arquitetos, designers – as vidraçarias e também os universitários, para preparar e formar pessoas com o conhecimento voltado para o vidro. Esse projeto sindical foi um suporte para o Qualividros, porque, com o apoio de FIERGS e Sebrae-RS, conseguimos exponenciar a atuação e chegar a um público maior”, declara o presidente do Sindividros-RS, Rafael Ribeiro.
O projeto visa trazer informações sobre o uso adequado do vidro para pequenas empresas de vidraçarias e esquadrias, que são o elo entre as indústrias associadas ao Sindividros-RS, que atuam na transformação do vidro, e o consumidor final, para que possam, cada vez mais, ter o uso seguro do vidro, levando em consideração a procedência, seguindo a especificação do vidro dentro das normas técnicas, adequado para cada tipo de uso, instalação correta e manutenção adequada, promovendo qualidade, segurança e durabilidade.
A última capacitação das empresas participantes ocorreu na noite de quinta-feira (3), durante a 24ª Construsul, com a palestra de Fernando Westphal, professor e engenheiro civil, com mestrado e doutorado com ênfase em eficiência energética e professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ele compartilhou conhecimentos técnicos sobre vidros de controle solar e eficiência energética – investimentos que se pagam com o tempo, ao gerar economia no consumo de energia – além de insulados e sobre as melhorias no conforto ocasionado por eles. “Meu principal objetivo foi destacar as diferentes opções de vidros disponíveis no mercado, diferentes níveis de desempenho e performance, transmissão de luz, reflexão, transmissão de calor. Há uma gama enorme com possibilidade para aplicação na arquitetura, atendendo às necessidades do projeto arquitetônico, com foco em estética e conforto ambiental, luminoso e interno, e o conforto acústico – o qual não me aprofundei porque não era o objetivo neste momento”, informa o professor.
Outro ponto da palestra foi a apresentação de cases de edifícios que receberam a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), com fachadas de alto desempenho. A certificação, com origem nos Estados Unidos, envolve, entre outros pontos, escolha sustentável do terreno, uso racional da água, de energia e emissões, materiais e geração de resíduos, qualidade do ambiente construído. Westphal mostrou exemplos como o do Morumbi Corporate Multiplan e Eco Berrini, ambos localizados em São Paulo, e suas especificidades – incluindo cálculos de consumo de energia com fontes de aquecimento e resfriamento dentro dos imóveis, de acordo com a utilização de cada tipo de vidro nas fachadas. O assunto da última macroetapa do projeto sindical esteve alinhado com a temática da 24ª Construsul, que contou com a sustentabilidade na construção civil como um dos focos centrais.
O especialista ressalta a importância de disseminar essas informações não apenas aos certificadores, mas às indústrias, comércio e, principalmente, ao consumidor final. “As pessoas adquirem um imóvel e sabem a marca do porcelanato, do chuveiro, da torneira, mas não dos vidros utilizados e de suas características. E esse é um item que fará parte para sempre da fachada deste imóvel”, reforça. Os participantes também tiraram dúvidas relativas ao tema.
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