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Há oito décadas, iniciava a história do Sindicato das Indústrias de Celulose, Papel, Papelão, Embalagens e Artefatos de Papel, Papelão e Cortiça do Rio Grande do Sul (Sinpasul). A criação tinha fins de estudo, coordenação, proteção e representação legal da categoria econômica das indústrias de celulose, papel, papelão e artefatos de papel, papelão e cortiça do Rio Grande do Sul. A data oficial de fundação é o dia 14 de julho e a celebração de 80 anos ocorre nesta terça-feira (16), no Ratskeller Baumbach Restaurante, em Porto Alegre. 
 

O primeiro presidente do Sindicato foi o empresário José Chaves Barcellos, da Celupa (Industrial de Celulose e Papel Guaíba Ltda), com sede em Guaíba, no RS. Desde a fundação, o Sinpasul atua na defesa dos interesses gerais da categoria econômica, principalmente por meio da celebração de Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho. A entidade também promove regularmente encontros com os integrantes da sua Diretoria, para avaliação da conjuntura do setor e a tomada de decisões relacionadas com medidas a serem adotadas, além de reuniões na área de negociação coletiva de trabalho, assembleias e palestras. 

Em entrevista ao blog da Unisind, o atual presidente do Sindicato, Walter Rudi Christmann, destaca que o momento é de boas notícias para o setor de celulose e papel no Rio Grande do Sul, com o anúncio da implantação de uma segunda unidade industrial do grupo chileno CMPC, em Barra do Ribeiro. A estimativa de investimentos é de R$ 24 bilhões e a consolidação da fábrica deverá trazer novos empreendimentos para o Estado, que reúne condições naturais propícias para o desenvolvimento do setor florestal – como solo e clima e contando com amplas áreas disponíveis para o plantio de eucalipto.

Um dos principais empecilhos para o setor no Estado, segundo o presidente, é o zoneamento da silvicultura, que trava o processo de plantio. O Sindicato vem atuando há muitos anos para que haja uma revisão, que já deveria ter sido realizada há mais de dez anos. “A base da nossa categoria é a floresta, seja de pinus ou de eucalipto, então, isso prejudica”, declara. Ele defende que é preciso mudar um pouco a visão da cultura de floresta. “Tenho acompanhado muito os programas de plantio florestais, que são agrossilvopastoril, onde se planta árvore, se planta pastagem, se coloca o gado para pastar. Uma maneira de consorciar, aproveitar as áreas. Com isso, nós conseguiríamos gerar um espaço muito grande no nosso bioma Pampa, que é um dos biomas mais voltados para o projeto de silvicultura”, ressalta.

À frente do Sindicato nesta data simbólica, Rudi Christmann deixa uma mensagem para seus colegas empresários do setor:

“A mensagem que temos de usar sempre é a da resiliência. Apesar de tudo, nós temos que resistir às situações adversas, temos que trabalhar para fazer as coisas acontecerem, porque é só assim que se consegue ir para frente, não tem outra opção, infelizmente, não é possível ficarmos aguardando o governo ajudar. Nós estamos vivendo essa crise”.

 

Sobre o setor 

Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com 350 indústrias do setor, sendo uma fabricante de celulose, dez fabricantes de papel, seis de caixas e chapas de papelão ondulado de médio porte, e as demais atuando na área de transformação, produzindo sacaria de papel e outras embalagens e artefatos diversos. O setor de celulose, papel, papelão e artefatos do Estado gera em torno de 12 mil empregos diretos e indiretos, participando com 2% da formação do PIB gaúcho.

 

Confira imagens de alguns momentos desses 80 anos do Sinpasul. 

segunda-feira, 15 de Julho de 2024 - 12h12

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