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O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (Simecs) promoveu a 4ª edição do Simecs Transforma, no UCS Teatro, em Caxias do Sul (RS). O evento reuniu mais de 600 pessoas e trouxe grandes nomes do setor para discutir temas pertinentes para a indústria brasileira, trazendo novas perspectivas para ideias e formas de atuação renovadas.
 

O presidente da entidade, Ubiratã Rezler, comentou em seu discurso de abertura sobre a força da indústria estar presente no Transforma, citando também diversos dos programas e projetos estratégicos promovidos pelo Simecs. “Somos parceiros do setor industrial, empenhados em fortalecer a competitividade, impulsionar o crescimento e apoiar o desenvolvimento contínuo das nossas empresas. A indústria é o alicerce que permite a criação de conexões capazes de transformar o futuro dos seus negócios”, afirmou.

Políticas públicas para o setor industrial

A primeira palestrante do evento foi Margarete Maria Gandini, diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Ela falou sobre o tema “Visão governamental”, citando políticas públicas para o desenvolvimento industrial no Brasil, especificamente na área automotiva, visando avanços na mobilidade, na logística zero carbono e observando as diversas trajetórias tecnológicas definidas pelo mercado.

Em sua fala, a palestrante trouxe informações sobre o Programa MOVER, do Governo Federal, que trabalha pela valorização do setor e do seu caráter democratizante por conta da geração de renda que promove. “Para problemas complexos não há bala de prata, ou seja, não existe uma solução única para todos os problemas. Por isso, a importância de uma estratégia a longo prazo, observando fatores como benefícios fiscais voltados para pesquisas e desenvolvimento”, apontou Margarete.

Expectativas para o futuro

Na sequência, foi realizado um painel sobre as perspectivas do mercado, tendo a participação de Roseane Campos, membro da Mentoria Agro SAE BRASIL, Edelweis Ritt, diretora de Negócios, Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S. A. (Ceitec S.A.), e Paulo Moraes, vice-presidente de Vendas e Marketing da Scania. 

Entre os tópicos destacados, estiveram o mercado agro, onde Roseane comentou a atualidade do setor enquanto 25% do PIB nacional, com safra de 330 milhões de toneladas em grãos em 2024. Ela trouxe o assunto das máquinas agrícolas, um mercado promissor que aguarda um crescimento ainda no próximo ano. A palestrante citou como fatores que impactam o mercado agro de forma negativa atualmente o custo mais elevado de produção, a queda do preço dos comodities, o impacto na margem bruta e a redução de recursos públicos.

Edelweis apresentou ao público o mercado de semicondutores como a base da eletrônica para as tecnologias utilizadas na indústria, explicando sobre a função dos semicondutores de potência. Ainda, falou sobre o reposicionamento estratégico do Ceitec e o Programa de Aceleração da Indústria de Semicondutores (PADIS), que possui objetivo de alcançar equiparação competitiva com outros players mundiais. Entre os benefícios, a isenção fiscal para matéria-prima e créditos tributários.

Já Moraes mostrou os números mais recentes da Scania e suas ações referentes à descarbonização do processo industrial, estabilidade e retenção de talentos. Especialmente, comentou sobre investimentos em sustentabilidade, como tratamento de resíduos da fábrica, programas sociais, ônibus elétricos e utilização de biometano.
 

Saúde mental e trabalho

Encerrando o Simecs Transforma, o filósofo Luiz Felipe Pondé palestrou sobre “O futuro e suas escolhas: a relação entre saúde mental e trabalho”. Ele iniciou sua participação afirmando que saúde mental é um enorme mercado no mundo contemporâneo, observando que o ambiente de trabalho é um local de relações sociais com objetivos relacionados aos resultados da empresa, mas também com relações pessoais e afetivas. “A saúde mental é a grande fronteira do capital do Século 21. É preciso olhar para ela de forma concreta, pois se tornou também um recurso econômico”, resumiu o filósofo.
 

 

Com informações da assessoria de comunicação do Simecs.

sexta-feira, 16 de Agosto de 2024 - 16h16

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