As regiões brasileiras têm uma enorme disparidade em relação às condições de infraestrutura e logística. Essa realidade é evidenciada por pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta sexta-feira (11), que ouviu 2.500 empresários de indústrias de médio e grande portes de todo o país. De acordo com os dados, somente 25% dos entrevistados do Norte e do Nordeste consideram boas ou ótimas as condições de infraestrutura da região. De outro lado, 64% dos empresários do Sudeste apontam as condições de infraestrutura regional como boas ou ótimas. Em seguida, os empresários da Região Sul também mostram satisfação alta, de 57%, seguidos pela região Centro-Oeste, com 46%. A média nacional ficou em 56%.
O principal gargalo de infraestrutura apontado em todas as regiões é o transporte, com média nacional de 73%. No Norte, o índice é ainda maior – de 82%. Na sequência, aparecem o Sul (81% apontam o transporte como maior gargalo), Nordeste (76%), Centro-Oeste (73%) e Sudeste (68%).
A infraestrutura das rodovias foi a maior queixa dos empresários, apontada por 88% dos respondentes do Norte e por 62% do Sudeste. Em seguida, foi mencionada a infraestrutura das ferrovias como sendo um dos maiores gargalos para o transporte de carga no país – a maior parte, 40% entre os empresários do Sudeste, e a menor, 18% do Norte.
Os dados mostram ainda que os serviços de transporte por rodovias são avaliados como bons ou ótimos por 46% dos empresários. Entre as regiões, destaca-se o Sudeste, onde 59% consideram os serviços de transporte rodoviário bons ou ótimos. Em contraste aparece o Norte, com índice de somente 9% bom ou ótimo.
Quando questionados sobre as principais obras, os industriais mencionaram a melhora a infraestrutura das estradas – resposta de 49% dos entrevistados no Norte e de 31%, do Centro-Oeste; e ampliação/duplicação de rodovias – opção de 45% dos respondentes do Sul e de 23%, do Sudeste.
A pesquisa encomendada pela CNI foi realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, que entrevistou 2.500 executivos de grandes e médias empresas industriais, nas 27 unidades da Federação, sendo 500 em cada região. O campo foi feito entre os dias 23 de junho e 9 de agosto.
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