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Atividade da indústria gaúcha encerra o primeiro semestre em queda

A atividade das indústrias gaúchas retraiu -4,6% em junho, em relação a maio, na série ajustada sazonalmente. Foi o maior recuo desde dezembro de 2008. "A Copa do Mundo e a consequente redução da quantidade de dias úteis gerou um quadro ainda mais anêmico para o setor no mês, que já sofre os efeitos de um cenário que combina a falta de competitividade, do ponto de vista estrutural, com uma série de fatores conjunturais restritivos, como o desaquecimento da demanda e a acumulação de estoques", avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial do RS (IDI-RS), realizado pela entidade.

Todos os seis indicadores utilizados na formação do IDI-RS caíram em junho. O movimento foi liderado pelos níveis mais baixos de compras de insumos e matérias-primas (-12,9%), de faturamento (-5,1%) e de utilização da capacidade instalada (-1,4%). A quarta queda seguida das horas trabalhadas na produção (-0,7%) é outro ponto que evidencia a frágil situação da indústria. Acompanharam esse cenário o emprego (-0,7%), com a oitava desaceleração em nove meses, e a massa salarial (-0,4%). Quando junho é comparado com o igual mês de 2013, a queda chega a -8,7%.

Com o resultado de junho, o primeiro semestre de 2014 fechou negativo (-3,3%), ante o mesmo período do ano passado. A atividade industrial caiu em 11 dos 17 setores pesquisados. Os recuos mais significativos vieram dos seguintes de Metalurgia (-16,2%), Veículos automotores (-8,5%), Máquinas e equipamentos (-2,9%) e Couros e calçados (-2,5%). Os poucos segmentos que avançaram foram Bebidas (6,5%), Equipamentos de Informática e Produtos Eletrônicos (4,2%), Alimentos (3,8%), Borracha e Plásticos (1,4%) e Químicos (0,7%).

Publicado Terça-feira, 5 de Agosto de 2014 - 0h00