O presidente da CNI destacou a importância das discussões realizadas ao longo da plenária Brasil-Japão. “É inegável que temos desafios para dinamizar as relações comerciais entre os nossos países, mas também é preciso ressaltar que compartilhamos interesses e afinidades comuns, que nos permitirão, com criatividade, explorar oportunidades para superar a distância física e estreitar as relações nipo-brasileiras”, afirmou.
No encontro, as lideranças empresariais reforçaram que cooperarão junto aos respectivos governos para acelerar o processo do Acordo de Parceria Econômica Japão-Mercosul. Líderes empresariais discutiram desafios, entre eles a situação das cadeias de suprimentos.
Os representantes do setor privado dos dois países também apresentaram suas perspectivas sobre tendências em inovação, transformação digital e sustentabilidade - questões consideradas prioritárias, e debateram os desafios enfrentados no ambiente de negócios, como carga tributária e insegurança jurídica. Para esta edição da reunião, a comitiva japonesa foi liderada pelo presidente do Comitê Econômico Japão-Brasil, Tatsuo Yasunaga; enquanto a seção brasileira, chefiada por Robson Braga de Andrade e pelo presidente do Conselho Empresarial Brasil-Japão e CEO da Vale, Eduardo de Salles Bartolomeo. Desde 2015, os setores empresariais de ambos os países têm trabalhado em conjunto em prol do acordo de parceria econômica. Em 2018, a CNI lançou um roteiro com sugestões de pontos que deveriam ser abrangidos pelo Acordo de Parceria Econômica.
Entre 2019 e 2020, as exportações brasileiras para o Japão diminuíram 24%, acima do observado para o total das exportações brasileiras para o mundo, que é de -6%. Também se observa uma tendência de diminuição das importações de bens japoneses de 3% entre 2001 e 2021 (de 5,4% para 2,3% do total importado). O Japão é o 18º principal parceiro comercial brasileiro, com participação de 1,6% na corrente de comércio do Brasil em 2021. Foram US$ 5,5 bilhões de exportações e US$ 5,1 bilhões de importações no ano passado.