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Estufa automatizada potencializa produção de alimentos orgânicos

Os alimentos classificados como orgânicos ganham cada vez mais a preferência das famílias para o consumo diário. Com esta valorização, a produção também precisa de investimentos tecnológicos que garantam a qualidade agroindustrial. E, para isso, um trabalho dos estudantes da Escola Sesi de Ensino Médio de Pelotas deverá resultar na construção de uma estufa automatizada para a irrigação por gotejamento, comprovadamente um método mais econômico para as propriedades do campo. A iniciativa está em exposição durante toda a segunda-feira (30) na FIERGS, em Porto Alegre, no Sesi com@Ciência, realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-RS).

Os alunos Diego Medeiros, Rafael Fehlberg, Roberth Fonte e Ruan Pereira criaram um projeto de irrigação agrícola por meio de gotas, considerado eficiente, pois entrega a quantidade ideal de acordo com cada tipo de cultivo, diretamente na raiz da planta. Uma das principais vantagens da irrigação por gotejamento é a economia de energia. Ela necessita de uma menor pressão para conduzir a água, em relação aos métodos de irrigação tradicionais.

Pensando no alto custo dos materiais utilizados nas estufas agrícolas, foi desenvolvida a ideia de construir uma estufa com materiais reutilizados e de baixo custo. Entre estes, bambu e garrafas PET. O bambu será utilizado para a sustentação da estufa por ser um material de fácil acesso e resistente, e as garrafas PETs serão utilizadas como meio de preenchimento da estrutura de bambu.

Sesi com@Ciência - Estufa automatizada

Crédito foto: Dudu Leal

O trabalho está em fase inicial de desenvolvimento e segundo Rafael Fehlberg, estudante de 17 anos, ele se baseia nos três pilares da sustentabilidade. “Temos por base o viés social, econômico e ecológico. Muitas lavouras no Brasil desperdiçam água no processo de irrigação. O preenchimento da estufa com garrafas PET permite a implantação em quintais ou em fazendas. Fizemos testes e condicionamos a quantidade certa para nutrir uma planta por meio de um sensor de umidade e foi notável a economia”. Fehlberg também reiterou que os próximos passos são a implantação de uma minihorta na escola para que os estudantes possam participar ativamente da parte prática da iniciativa.

O Sesi Com@Ciência apresenta um espaço para a troca de informações e experiências que ajudam este grupo a prosseguir com a ideia. Estudantes, docentes e pesquisadores, entre outros públicos interessados em educação, se encontram para expor, analisar, projetar o desenvolvimento da Educação no Brasil. A expectativa é de mais de 10 mil participantes em todas as atividades a serem realizadas nesta segunda (30) e terça, 1º de outubro, das 9h às 21h, no Centro de Eventos da FIERGS, em Porto Alegre. Ao longo dos dois dias, serão promovidos debates, vivências, apresentações, palestras e reflexões para o futuro. Todas as atrações terão entrada franca.

Confira a programação aqui.

Publicado segunda-feira, 30 de Setembro de 2019 - 19h19