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A agenda de internacionalização possui muitas barreiras envolvendo a infraestrutura, a logística e a tributação. Esse foi um dos assuntos abordados na terça-feira (7), no evento Sul for Export, realizado pelo Grupo Amanhã, com apoio das Federações das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Santa Catarina (FIESC) e Paraná (FIEP), em Florianópolis. Durante a premiação das mil maiores empresas exportadoras do Sul for Export, líderes das três federações industriais, entre eles o vice-presidente da FIERGS Cezar Luiz Müller, discutiram as dificuldades e os desafios enfrentados pelas indústrias exportadoras no cenário internacional.

Para Müller, o que atrapalha o crescimento do mercado exportador é o Custo Brasil, que engloba a carga tributária, a taxa de câmbio e a falta de infraestrutura do país. "Todo esse conjunto de fatores leva ao número de que o produto brasileiro custa 30% mais que o produto norte-americano", ressaltou. Segundo o vice-presidente da FIERGS, o estado conseguirá ultrapassar essa diferença apostando na exportação de produtos manufaturados: no biênio de 2005 e 2006, as exportações de manufaturados brasileiros representavam 70% da pauta exportadora. Já entre 2015 e 2016, o índice despencou para 50%.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, disse que em Santa Catarina, a infraestrutura e a logística são, provavelmente, os maiores gargalos não só em relação à exportação, mas à competitividade da indústria. “O nosso custo logístico é maior que a média brasileira. De cada R$ 1 faturado, R$ 0,14 é destinado à logística”, enfatizou.

O superintendente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Reinaldo Tockus, lembrou das mudanças realizadas pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que dificultaram o acesso online à lista das maiores empresas exportadoras por faixas de valor.

Crédito foto: Fernando Willadino

Publicado quarta-feira, 8 de Agosto de 2018 - 16h16