As boas práticas empreendedoras em tempo de crise econômica foram tratadas, nesta terça-feira, em seminário na sede da FIERGS. “O ano está chegando ao fim, mas a crise ainda não. Já passamos por várias delas e todas foram superadas. A atual crise é profunda e está demorando mais devido à junção de problemas econômicos e políticos. Por isso a importância deste evento, no qual serão apresentados exemplos empresariais de sucesso em meio às dificuldades”, afirmou o presidente da entidade, Heitor José Müller, destacando que “as crises passam, o empreendedorismo fica”.
O sócio de consultoria da Deloitte para o Mercado Emergente, Ricardo Teixeira, detalhou os resultados da pesquisa As Pequenas e Médias Empresas (PMEs) que Mais Crescem no Brasil – Edição 2015. O estudo mostra o ranking das companhias desses portes que mais ascendem no Brasil. As 200 listadas cresceram 12% em 2014, mesmo com a recessão. Juntas faturaram R$ 12,8 bilhões e empregaram 88 mil pessoas. Elas estão em todas as regiões do Brasil e atuam nos mais variados setores – 27% em tecnologia, 15% em serviços, 10% no varejo, 8% em alimentos e bebidas, 8% em construção, 7% em máquinas e equipamentos e outras 25% em diversos outros nichos de atividade. “A inovação é o ponto em comum dessas empresas”, comentou.
De acordo com Teixeira, a inovação vai além dos investimentos em tecnologia. “As empresas que se destacaram têm uma visão mais aberta na solução de problemas e a capacidade de lidar com a diversidade, características fundamentais em tempos de crise”, explicou. Outros pontos que as diferenciaram foram os investimentos em novos produtos e serviços, otimização de processos e visão a médio e longo prazo. “Há todo momento temos inovações disruptivas, que chegam rapidamente e tomam o lugar de produtos e serviços consolidados com anos de mercado. Cada dia é um dia diferente, pois vivemos uma época em que o mundo se movimenta rapidamente e muda sem percebermos”, salientou sócio de consultoria da Deloitte.
O seminário teve o objetivo de demonstrar aos empresários gaúchos as possibilidades de desenvolvimento, mesmo em um momento de recessão. Foi realizado pelo Conselho Técnico de Assuntos Tributários, Legais e Financeiros da FIERGS, coordenado por Newton Battastini, e contou com apoio do IEL-RS e Senai-RS.
