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Atividade da indústria gaúcha avança 1%, mas não repõe perdas

A atividade industrial do Estado avançou 1% em setembro em relação a agosto, sem os efeitos sazonais. Dois fatores contribuíram fortemente para esse cenário: a base de comparação baixa e o calendário com dois dias úteis a mais do que o normal para o mês. Outras questões pontuais influenciaram: promoções de vendas para reduzir estoques e grande exportação de tabaco. Essa terceira alta consecutiva, que soma 3,6%, reverte parcialmente a perda acumulada nos meses anteriores de -4,6%. “Os últimos resultados evidenciam que pelo menos a situação parou de piorar, sem qualquer indicação, contudo, de que esteja em curso um crescimento sustentável. A interferência do calendário também impede uma leitura mais otimista dos números”, avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial do RS (IDI-RS), realizado pela entidade.

Dos seis indicadores que compõem o IDI-RS, a única queda registrada ocorreu no emprego (-0,5%), a décima nos últimos 12 meses. Destaque do lado positivo é o faturamento real (15,2%), que se recupera de um longo ciclo de desaceleração, e para as compras totais (5,2%). As horas trabalhadas na produção (2,0%) e a massa salarial (0,3%) mostraram expansões menos intensas. Por fim, a utilização da capacidade instalada ficou estável (0%).

Já no acumulado dos nove primeiros meses do ano, a retração de -4,1% da atividade industrial no Estado foi puxada pelo faturamento real (-6,5%) e pelas compras totais (-10,0%). Seguiram na mesma direção a utilização a capacidade instalada (-2,1%) as horas trabalhadas na produção (-1,9%) e o emprego (-1,0%). Apenas a massa salarial aumentou (1,7%). Entre os 17 setores pesquisados, 11 caíram na métrica anual. Os desempenhos negativos com maior impacto no resultado global vieram de Veículos Automotores (-10,8%), Produtos de Metal (-7,2%) e Máquinas e Equipamentos (-5,1%). Das expansões, os destaques foram Bebidas (6,5%), Químicos e Derivados de Petróleo (3,2%) e Alimentos (2,9%).

Setembro - Quando setembro é comparado com o mesmo mês de 2013, a atividade da indústria gaúcha soma uma redução de -2,7%, a oitava queda consecutiva, mesmo com dois dias úteis a mais neste ano. As perdas foram verificadas nas compras totais (-8,6%), no emprego (-3,7%), no faturamento real (-2,3%), nas horas trabalhadas na produção (-0,2%) e na massa salarial (-0,1). Somente a utilização da capacidade instalada teve uma leve evolução (0,1%).

Publicado quinta-feira, 6 de Novembro de 2014 - 14h14