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Designer italiano afirma que criar marcas e produtos que apaixonam também é inovar

Inovar não necessariamente significa criar um produto novo, pode ser dar um novo sentido a itens tradicionais. O tema foi tratado na palestra do professor de gestão da inovação da Escola Politécnica de Milão, Roberto Verganti, no 1º Fórum de Inovação do Sistema FIERGS. Ele citou o exemplo das velas, que seguem sendo compradas em pleno século 21, mas com o propósito de uma nova experiência. Também falou de marcas que conseguiram criar produtos amados pelos consumidores, independente de sua performance, como os da Apple, o que também é um tipo de inovação. "Nesses casos, se desenvolve fidelidade à grife, quando a compra é feita apenas com base em performance, mudamos quando encontramos algo mais potente", exemplificou Verganti. "As pessoas buscam um significado na vida e na hora de escolher um produto não é diferente", completou.

Para inovar, na visão dele, é fundamental que as empresas, em vez de se aproximar dos usuários, deem um passo para trás, olhem de fora, de uma maneira diferente. "Muitas vezes, nem os consumidores sabem aquilo que precisam", justificou. Para isso, as marcas precisam de profissionais que atuem como intérpretes, que estudem e avaliem grupos de usuários, não necessariamente pessoas criativas, mas que tenham olhar diferente do tradicional.

Publicado quinta-feira, 24 de Outubro de 2013 - 0h00