Um benefício fiscal pelo período de fevereiro a maio de 2013 para a indústria do calçado. Com essa iniciativa o governo do Estado tem a intenção de elevar a competitividade e as vendas do produto gaúcho. O decreto, assinado nesta quarta-feira (9), no Palácio Piratini, estipula um crédito presumido de 2% sobre as operações interestaduais realizadas a 12% − o que representa uma redução prática na alíquota de ICMS de 16,6%. "Esse anúncio significa muito, não apenas para os calçadistas, mas para nossa economia como um todo. É sinal de que o governo está empenhado em socorrer os setores com mais dificuldades", declarou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller. Ele acrescentou que o Rio Grande do Sul enfrenta outras dificuldades como os altos custos com logística, por conta de sua localização meridional.
O incentivo já deve se refletir no faturamento das empresas que participam da Couromoda, de 14 a 17 de janeiro, em São Paulo − considerada uma das melhores feiras de negócios para o segmento. Segundo o governo, esse incentivo equivale a cerca de R$ 30 milhões e deve ser recompensado com o crescimento das comercializações. "Embora singelo, esse ato vai provocar o setor a reagir e a aumentar sua capacidade, suas vendas e, consequentemente, a arrecadação", projetou o governador em exercício, Beto Grill. Para o diretor-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, "trata-se de uma medida inteligente, que pode impactar na formulação do custo e melhorar os negócios. Se tivermos desempenho regular, já poderemos atender à expectativa do governo".
O secretário da Fazenda, Odir Tonollier, ressaltou o fato de que apesar da concorrência internacional e com outras unidades da Federação, o setor calçadista gaúcho, até o fim de 2011, representava 33% dos trabalhadores que atuam nesse segmento no País. Enquanto isso, em Santa Catarina, que praticamente abriu mão da arrecadação, a participação é de 2,7% do total.
