Empresários de Rio Grande e Pelotas se reuniram com o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller, na segunda-feira (19). Pela manhã, em Rio Grande, Müller ouviu pedidos de apoio feitos pelo presidente da Câmara de Comércio do Rio Grande, Renan Gutterres Lopes, e pelo diretor da Câmara de Comércio, Torquato Ribeiro Pontes Neto. Entre as principais reivindicações está a manutenção do calado do Porto do Rio Grande, repasse do prédio da extinta Zona de Processamento de Exportações (ZPE) ao Senai e ligação entre Rio Grande e São José do Norte e a implantação de um aeroporto regional. Ainda em Rio Grande a comitiva visitou a Tecon, Terminal de Cargas.
Em Pelotas, empresários também pediram apoio para o aeroporto regional, além da necessidade de mais investimentos para o município. O encontro foi realizado a tarde, no Centro das Indústrias (Cipel) e mediado pelo presidente Ricardo Michelon.
O presidente da FIERGS defendeu o aeroporto "construído no meio do caminho entre Rio Grande e Pelotas". "Acredito que é viável e entendo que este projeto tem que chegar até o governo federal o mais rápido possível", observou, acrescentando que a presidenta da República, Dilma Rousseff, já anunciou que vai investir em aeroportos e principalmente nos regionais.
Os encontros com líderes regionais antecederam palestras realizadas nas duas cidades, onde Müller falou sobre infraestrutura e competitividade - os desafios da indústria. Entre as principais dificuldades enfrentadas pelo Estado este ano, o presidente da FIERGS ressaltou a redução da safra agrícola, mas afirmou que a estimativa é de um 2013 bem melhor que 2012. Outro destaque foi o Projeto Sul Competitivo, um estudo de toda a logística do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, feito por meio de uma parceria entre os três Estados, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo Müller, o estudo verificou tudo o que foi produzido e transportado em 2010 e o volume que chegará até 2020. Também foram dimensionados os investimentos necessários em infraestrutura. "Precisamos investir R$ 15,2 bilhões em 51 obras prioritárias para que não ocorra o caos no sistema de logística", salientou.
