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Plano do governo é positivo para o Brasil, mas tímido para o Estado, avalia FIERGS

O governo federal apresentou nesta quarta-feira (15) a etapa inicial de um novo plano de concessões para incentivar melhorias na infraestrutura do País. Conforme a presidenta Dilma Rousseff, essa fase do chamado Programa de Investimentos em Logística prevê a aplicação de R$ 133 bilhões na reforma e construção de rodovias federais e ferrovias. "É um passo importante na direção de uma estratégia mais moderna para a realização de investimentos no Brasil, tais como a concessão de obras para o setor privado", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, que acompanhou o anúncio em Brasília.

O industrial, no entanto, lamentou o fato do Estado ter sido pouco contemplado. "Isso tende a aumentar o diferencial de custos entre o que se produz em território gaúcho e em outras regiões. Representamos quase 7% do PIB brasileiro e ficamos de fora neste primeiro momento, com exceção da ferrovia Norte-Sul, que é uma obra importante por encurtar as distâncias até o Porto de Rio Grande", argumentou. "Esperava que, pelo menos, fosse anunciada alguma obra entre o trecho de Porto Alegre e Caxias do Sul", salientou.

A solução dos problemas relacionados à logística, destacou o presidente da FIERGS, é uma demanda de longa data, tendo o potencial de reduzir os custos de produção do Brasil e aumentar sua competitividade. Para Müller, o envolvimento do setor privado na ampliação da estrutura logística do País é um aspecto positivo do plano, uma vez que dinamiza a realização de várias obras que já estavam previstas no PAC e PAC2 e, inicialmente, seriam realizadas e administradas apenas pelo governo.

Dos R$ 133 bilhões, R$ 42 bilhões serão aplicados na duplicação e construção de 7,5 mil quilômetros de rodovias − através de concessões − e R$ 91 bilhões para construção de 10 mil quilômetros de ferrovias − por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs). O Rio Grande do Sul será contemplado com a estrada de ferro que ligará as cidades de São Paulo (SP) e Rio Grande (RS), com 1,62 mil quilômetro de extensão. O investimento estimado para esta obra é de R$ 6 bilhões.

Publicado quarta-feira, 15 de Agosto de 2012 - 0h00