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Indústrias gaúchas seguem com dificuldades

De acordo com a Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) de abril, a crise que atinge o setor ainda não chegou ao fim, revelando novos sinais de contração e nenhum de recuperação. Os indicadores pesquisados situaram-se abaixo da linha divisória dos 50 pontos, significando desaceleração.

Na passagem de março para abril, apresentaram retração o volume de produção, que totalizou 45,1 pontos, o número de empregados (49,4 pontos) e a Utilização da Capacidade Instalada em relação ao usual (42,8 pontos). Por causa disso, os estoques voltaram a crescer e se afastar ainda mais do nível planejado, sugerindo que as vendas não acompanharam a produção.

Segundo o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, a combinação de estoques altos e atividade fraca não é um bom prognóstico para a indústria gaúcha, que já opera abaixo da capacidade usual há treze meses. Com este cenário, as empresas diminuem a produção para escoar as mercadorias em excesso.

Projetando os próximos seis meses, as avaliações dos empresários são ligeiramente positivas para a demanda (55,7 pontos), as exportações (53,2 pontos), o emprego (52,1 pontos) e a compra de matérias-primas (55,2 pontos). "Os estímulos à indústria adotados pelo governo, inclusive a queda da taxa de juros e a desvalorização cambial, seguem alimentando as expectativas futuras e devem levar a uma retomada gradual da atividade na segunda metade do ano", destacou Müller.

Elaborada mensalmente pela FIERGS, a Sondagem Industrial varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa avaliação positiva e quanto mais abaixo, negativa.

Publicado quinta-feira, 31 de Maio de 2012 - 0h00