Representantes empresariais se reuniram com o governador Tarso Genro, na quinta-feira, no Palácio Piratini, para tratar do Salário Mínimo Regional. Com o reajuste de 11,6% concedido, o novo piso irá variar de R$ 610 a R$ 663, dependendo da categoria. O presidente da FIERGS, Heitor José Müller, foi um dos líderes presentes na audiência com o governador. Uma das reinvindicações dos empresários é de que seja mantido o INPC como índice para reajuste. O outro pedido é de que o aumento passe a valer apenas a partir de 1º de maio de 2012, como normalmente ocorre, e não 1º de janeiro, como exigem algumas categorias de trabalhadores. "A questão que se coloca é o que o PIB aumentou, mas aumentou muito o número de pessoas trabalhando. Se dividirmos o PIB de anos atrás pelo número de pessoas que trabalhavam e fizermos o mesmo hoje, vamos ver que o PIB hoje seria negativo: -1,3%.
Portanto, não houve aumento da produtividade. No momento que se dá aumento de salário sem aumento de produtividade, provoca, em um segundo momento, a inflação. E a sociedade brasileira lutou anos contra a indexação da economia e como a inflação", explicou Müller. "Pedimos como o indexador o INPC e deixar o reajuste para maio do ano que vem, nós não vivemos em uma ilha de prosperidade para fazermos três reajustes em 30 meses, enquanto o resto do Brasil faz em 36 meses".
Segundo o industrial, a resposta do governo foi de que o governo irá fazer uma análise, um estudo mais aprofundado em cima de alguns dados que foram apresentamos e vai começar a discussão novamente, com todos os lados, antes de decidir de forma unilateral.
