O presidente da FIERGS, PauloTigre, participou nesta sexta-feira (11) de uma reunião com os representantes do setor produtivo de Flores da Cunha. Recepcionado pela presidente do Centro Empresarial da cidade, Eroni Koppe, Tigre explanou, entre outros assuntos, sobre o Salário Mínimo Regional, a Agenda 2020, as restrições às importações impostas pela Argentina, bem como ouviu manifestações de líderes industriais locais. Além disso, destacou o trabalho realizado junto à indústria pelo Sesi-RS, Senai-RS e IEL-RS, entidades que compõem o Sistema FIERGS. Eroni Koppe enfatizou a importância de um maior investimento na educação. "O Estado precisa voltar a ser o segundo colocado no ranking nacional, já que esta é a base de todo o desenvolvimento", disse.
O presidente também se encontrou com o prefeito municipal Ernani Heberle e visitou a XII Festa Nacional da Vindima, que termina neste domingo,no Parque da Vindima. "O setor vitivinícola está em um crescimento fantástico, existe uma nova cultura, o brasileiro está aprendendo a saborear vinhos. Isso é muito bom, é um dessafio para produzir, cada vez melhor, e aprender a competir. Mas ao mesmo tempo, todos nossos produtos são sempre penalizados por uma carga tributária muito alta", destacou Tigre.
A presidente da XII Vindima e do Sindicato da Indústria do Vinho do Rio Grande do Sul (Sindivinho-RS), Cristiane Passarin, salientou a importância do setor para a economia gaúcha. "Temos 15 mil famílias envolvidas e 700 vinícolas no Estado, o setor vinha carente de quem abraçasse suas demandas, como ocorreu desta vez com a FIERGS", disse Passarin.
DADOS SOBRE A UVA GAÚCHA
O RS é responsável por aproximadamente 90% da produção brasileira de uvas e derivados. A comercialização de vinhos e espumantes elaborados no Estado alcançou um crescimento de 12% em 2010 no Brasil. Foram vendidos 12,5 milhões de litros de janeiro a dezembro do ano passado, ante 11,1 milhões colocados nos 12 meses de 2009.
Do total de produtos industrializados, 77% são vinhos de mesa e 9% são sucos de uva. Cerca de 13% correspondem a vinhos finos, o restante, 1% do total, são outros derivados da uva e do vinho.
O principal produto de exportação, em volume, é o suco de uva, cerca de 15% do total destinado ao mercado externo; apenas 5% da produção de uvas de mesa é destinada à exportação e menos de 1% dos vinhos são comercializados fora do País.
