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Diálogo e informação para salvar o planeta

O ambientalista Jean-Michel Cousteau afirmou na manhã desta quinta-feira (8), na sede da FIERGS, que quem ama protege. Baseado nesta conclusão, o filho de Jacques Cousteau, destaca que com informação e diálogo é possível recuperar o planeta. "Tenho muita esperança também nas novas gerações que já nascem com a preocupação de que é preciso preservar e recuperar", salientou ele. "Devemos pensar nisto como gestão de capital. Como uma empresa faz com seus negócios.

Estamos caminhando para uma melhor gestão do capital e do planeta", declarou. Ele citou como exemplo as ilhas no Norte do Havaí, no Pacífico, que eram um depósito de lixo de 52 países. "Em 2006 estive com o então presidente George Bush e expliquei o que estava acontecendo. Ele nomeou as ilhas como patrimônio internacional e o problema terminou", contou. A palestra foi promovida pelo Sistema FIERGS, por meio do IEL, através do Programa Estágio Empreendedor, e do Sesi-RS, com apoio do programa Fronteiras do Pensamento, com um público de 700 pessoas

Conforme Cousteau, o sistema aquático é um só, isto é, as águas dos rios também são oceânicas. Portanto, um saco plástico jogado em um arroio, chegará no mar em algum momento. "E sem água, não há vida. Se ela estiver suja é sinônimo de doença e morte", reforçou. Além disso, a mudança climática é uma realidade, segundo Cousteau. São informações fundamentais e que precisam ser lembradas para que todos se deem conta dos valores da natureza. "Como proteger o que não entendemos?, indagou. "É o que me proponho a fazer: informar sobre os problemas sem fazer acusações ou apontar culpados. Isso não ajudaria", disse. "A intenção é que mais pessoas reflitam, aprendam e façam algo para preservar o planeta, começando pelas pequenas coisas ao seu redor", concluiu.

"Há uma revolução na comunicação e que deve ser usada também para informar estes pontos importantes. Se todo mundo parar para pensar o quê pode fazer por sua casa, sua comunidade e seu planeta, repassar informações importantes e básicas, todos vão ganhar", insistiu. Outro exemplo dado por Cousteau foi o da indústria pesqueira, que se deu conta de que é preciso ter locais protegidos e épocas para pescar para garantir que o negócio não termine.

Publicado quinta-feira, 8 de Julho de 2010 - 0h00