A 10ª edição da Exposição Feira de Soledade (Exposol), a maior feira de pedras preciosas da América Latina, começou na quarta-feira e termina no domingo, com previsão de 150 mil visitantes. O Sistema FIERGS é um dos apoiadores do evento, que desde 2006, vem apresentando um crescimento, principalmente em relação à comercialização de produtos como joias e artefatos criados a partir de gemas como a ametista, o citrino e a ágata. "Nós temos duas feiras em um evento. Há produtos tanto para os estrangeiros, que vem em busca de volume e peças raras, assim como para o público em geral, que vem para passear, conhecer a cidade e os nossos produtos. Nós temos este ano, cerca de 750 expositores", define o coordenador-geral do evento, Orlando Klein.
O presidente da FIERGS, Paulo Tigre, visitou o evento e conheceu detalhes da produção local, que nos últimos cinco anos tem se reinventado para garantir a sustentabilidade. Desde 2006, com a criação de um Centro Tecnológico no município para a área de joalheria, tem crescido o número de indústrias que se dedicam a este tipo de produção, antes realizada fora do Estado e do País. "Cerca de 80 empresas do município que vendiam a matéria bruta ou pré-beneficiada fecharam nos últimos quatro anos, devido às agruras da cotação do dólar, que inviabiliza a industrialização. Em compensação, se multiplicaram aquelas que criam valor agregado, como as próprias joias. A crise foi um momento de aprendizado", define o presidente do Sindicato da Indústria de Joalheria, Mineração, Lapidação, Beneficiamento, Transformação de Pedras Preciosas do Estado do Rio Grande do Sul (Sindipedras-RS), Ivanir Lodi.
Em uma reunião com empresários da região, Paulo Tigre ouviu dos empresários as dificuldades em relação à política cambial do governo federal, à logística deficiente do Porto de Rio Grande, que tem prejudicado as exportações, principalmente ao Oriente, além dos créditos do ICMS, que ainda precisam ser restituídos às empresas locais. "As necessidades apontadas aqui são as mesmas de outras regiões do Estado. É preciso alinhar as ações para resolvermos estas questões, que são fundamentais ao desenvolvimento gaúcho", ressaltou Tigre.
