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Pacote do governo federal estimula exportações

O pacote que incentiva as exportações de produtos industrializados brasileiros, anunciado nesta quarta-feira (5) pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Miguel Jorge, representa um estímulo para as empresas que atuam no mercado internacional, porém não significa que os problemas enfrentados pelos exportadores serão resolvidos. "Há vários aspectos muito bem vindos, como a criação do Exim-Brasil, importante instrumento para liberar crédito para financiamentos e desburocratizar processos, e o reconhecimento da necessidade de devolução de créditos de PIS e Cofins com maior agilidade", acredita o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre. No entanto, o impacto para os exportadores do Rio Grande Sul não deve ser grande, uma vez que também os créditos relativos ao ICMS não estão sendo repassados pelo governo do Estado.

O presidente da FIERGS observa que as medidas anunciadas pelo governo são bastante conjunturais e poderiam ter sido anunciadas há mais tempo. "Contudo, o governo não pode deixar de lado algo muito mais sério e comprometedor para as exportações, que é o aumento de custos que temos vivido ano após ano. A falta de investimentos em infraestrutura penaliza fortemente todo o esforço pela venda internacional. É uma urgência tratar das estradas, portos, aeroportos, acessos e tudo o que representa atraso, desperdício e perda de competitividade para nossas empresas", afirma Tigre.

Conforme a coletiva de imprensa dos ministros, o pacote de medidas para estimular as exportações brasileiras tem o objetivo de reverter o quadro de queda do superávit da balança comercial brasileira, que de janeiro a abril deste ano recuou 65,7% sobre igual período de 2009.

Publicado quarta-feira, 5 de Maio de 2010 - 0h00