Identificar e promover a discussão sobre o impacto das mudanças climáticas na economia mundial, nacional e as repercussões na atividade industrial, principalmente do Rio Grande do Sul. Estes foram os objetivos do "Seminário Comércio Internacional e as Mudanças Climáticas − Oportunidades e Ameaças para a Indústria", realizado nesta terça-feira (20), na FIERGS, por meio dos conselhos de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex) e de Meio Ambiente (Codema). O evento contou com a participação de empresários, especialistas e autoridades, como o secretário estadual do Meio Ambiente e presidente do Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas, Giancarlo Tusi Pinto.
O coordenador do Concex, Cezar Müller, reiterou a convicção da FIERGS de que é preciso cada vez mais debater e contextualizar as novas diretrizes internacionais, legislações e práticas de produção industrial na perspectiva da proteção ambiental e diminuição dos impactos gerados pela atividade econômica cada vez mais intensa. "É mais do que oportuno realizar um seminário sobre o tema ambiental com a óptica do Comércio Internacional. O Rio Grande do Sul é um Estado com vocação exportadora e precisa que seu parque fabril esteja atento, bem informado e alinhado com os processos produtivos seguros e sustentáveis", afirmou.
Para o coordenador do Codema, Torvaldo Marzolla Filho, é missão da FIERGS liderar, representar e desenvolver a indústria gaúcha. Nesse sentido, oportunizar que os empresários obtenham informação qualificada é uma prática fundamental. "Este seminário faz parte do trabalho de conscientização de que a indústria gaúcha deve sempre estar à frente das tendências mundiais e assim garantir alto grau de competitividade e qualidade tão características de suas atividades", observou.
O gerente executivo da Unidade de Competitividade Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Augusto César Jucá, alertou para a necessidade de adequação das empresas, porém, frente a uma estratégia e a um posicionamento unificados no âmbito nacional. A economista e consultora internacional da CNI, Sandra Rios, salientou que no âmbito internacional não há consensos sobre exigências e que dificilmente haverá nos próximos anos. "É por isso que em determinadas situações as questões ambientais ultrapassam os aspectos técnicos de preservação, redução de emissões, e chegam a assumir o papel de barreiras comerciais", alertou.
O conselheiro do Concex Marcino Rodrigues, também palestrante no evento, observou que o "momento é oportuno para que empresas implantem governança com foco na gestão ambiental". O superintendente da área de Meio Ambiente do BNDES, Sérgio Weguelin, destacou aspectos práticos sobre instrumentos financeiros de apoio à indústria com foco nas adaptações ambientais.
Também estiveram presente ao evento o embaixador brasileiro Jorge Ribeiro e o cônsul do Equador, Fernando Quintana, entre outras autoridades.
