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Mudanças climáticas e seus efeitos são apresentadas na FIERGS

Informação espacial para o meio ambiente, raios e mudanças climáticas, Antártica, desastres naturais e campos sulinos foram os assuntos abordados no evento promovido na sexta-feira pela FIERGS, por meio dos Conselhos de Meio Ambiente (Codema), Infraestrutura (Coinfra), e Inovação e Tecnologia (Citec), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais − Centro Regional Sul (Inpe), na sede da entidade. Representantes de indústrias gaúchas, universidades, sindicatos e entidades governamentais participaram do encontro.

"É importante que se discuta e se conheça cientificamente o que está acontecendo com o clima para sabermos de que forma podemos prevenir os impactos ambientais", destacou o chefe do Centro Regional Sul do Inpe, Afrânio Righes, na abertura do encontro. Já o coordenador do Codema, Torvaldo Marzolla Filho, destacou a importância da indústria na participação de discussões sobre o tema. "A indústria está investindo em ciência, tecnologia e novas linhas de produção, buscando, cada vez mais, reduzir os danos ao meio ambiente. A responsabilidade está em um tripé: indústria, poder público e sociedade", afirmou.

Raios e mudanças climáticas no Rio Grande do Sul foram as questões tratadas pelo coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe, Osmar Pinto Jr. Ele apresentou um panorama das alterações climáticas observadas nas últimas décadas em todo o mundo, e observou que São Paulo registrou nos em 60 anos um aumento de dois graus na temperatura, elevando em 60% a incidência de raios. Já no Rio Grande do Sul a região noroeste do Estado é a que mais sofre com aumento de ventos e raios observados a cada ano. "Ainda é prematuro dizer que a causa seja o aquecimento global, por enquanto podemos dizer que são mudanças climáticas que estão acontecendo", avaliou. Para 2100, a previsão para o Brasil é de um aquecimento na temperatura de quatro graus o que aumentaria incidência de raios na região noroeste do Rio grande do Sul, de 70% a 90%. "Precisamos discutir, conhecer os impactos para podermos criar lideranças que enfrentem e busquem alternativas para o problema", finalizou.

O evento teve ainda a palestra do pesquisador do Inpe Ronald Buss, que apresentou as mudanças nos últimos anos, na Antártica e no Oceano Atlântico, e seus efeitos ambientais no Brasil. Desastres naturais e eventos extremos para a Região Sul foi o assunto discutido pela pesquisadora Tânia Maria Sausen. Já a especialista em organização do espaço Tatiana Kuplich falou sobre sensoriamento remoto dos campos sulinos.

Publicado sexta-feira, 26 de Março de 2010 - 0h00