"A economia brasileira termina 2009 com a sensação de um ano que começou apenas no segundo semestre, mas com ótimas perspectivas para 2010. Dessa forma, não podemos falar em aumentos da taxa de juros em pleno processo de recuperação", disse o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, ao avaliar a decisão do Comitê de Política Monetária que manteve, nesta quarta-feira (9), a Selic em 8,75% ao ano.
A decisão do Copom de preservar a taxa de juros não surpreendeu o mercado, que espera um aumento da Selic apenas a partir de abril do ano que vem. "A economia precisa de juros baixos para estimular o investimento e não frear o processo de retomada da atividade", complementou Tigre.
As perspectivas para a economia brasileira são animadoras para 2010. No "Balanço Econômico 2009 e Perspectivas 2010", apresentado na última terça-feira pela FIERGS, a entidade apontou a previsão de crescimento de 6,1% para a economia brasileira no próximo ano. O Estado, porém, deverá crescer menos, cerca de 4,9%. "Pensando em uma perspectiva regional, taxas de juros baixas são estratégicas para o Rio Grande do Sul. O governo está lançando uma série de programas de crédito que estimulam o investimento, o que aliada a uma taxa baixa de juros pode ajudar a dinamizar uma parcela importante da nossa matriz produtiva".
A próxima reunião do Copom será nos dias 26 e 27 de janeiro de 2010.
