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Sondagem Industrial revela perspectiva de aceleração da atividade no RS

Desempenho da produção e do emprego acima da média, ociosidade em declínio, estoques ajustados e expectativas de aumento da demanda e do emprego.

Essas foram as principais conclusões da Sondagem Industrial de novembro de 2018, divulgada nesta quarta-feira (9), pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). “O resultado demonstra a melhora na atividade do setor industrial gaúcho e a maior disposição dos empresários em investir a partir de 2019”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

O índice de produção em novembro, de 50,8 pontos, é melhor que o esperado para o mês, visto que a produção tende a recuar nesse período.  De zero a 100 pontos, acima de 50, indica expansão. A alta na produção gerou, no penúltimo mês do ano passado, empregos pela primeira vez desde 2011. O índice foi de 50,7 pontos.

Mesmo com o recuo de um ponto percentual em relação a outubro,  a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) atingiu, em novembro, o maior patamar para o mês desde 2014: 71%. Já o indicador de UCI em relação à usual para o mês, que segue o critério de pontos, ficou em 45,4, demonstrando (inferior aos 50) que a indústria gaúcha ainda opera abaixo do normal.

Outro fator que revela melhora na situação da indústria no RS são os estoques de produtos finais. O indicador de estoques em relação ao planejado cresceu de 49,5 em outubro para 50,4 em novembro, considerado no nível esperado pelas empresas. A consequência é que com estoques ajustados, as perspectivas para a produção nos próximos meses são positivas.

A Sondagem Industrial, realizada entre os dias 1º e 12 de dezembro de 2018, com 215 empresas, mostra também que se mantiveram as expectativas positivas para os próximos seis meses, com aumento em todos os indicadores na comparação com novembro. O indicador de demanda subiu de 57,1, para 58,6 pontos, o de compras de matérias-primas foi de 54,6 para 56,5 e o de número de empregados, de 52,2 para 53,4 pontos. O indicador de exportações também avançou entre novembro e dezembro, mas registrou o menor valor entre todos, passando de 52,2 para 53,3.

A consequência disso é o cenário corrente, bem como o futuro, mais favorável na opinião dos empresários consultados. A disposição para investir nos próximos seis meses aumentou, com o indicador pulando de 53,8, em novembro, para 56,9 pontos, em dezembro. O indicador varia de zero a cem pontos e fica acima de 50 quando a parcela de empresas que pretende investir supera a que não tem tal intenção. Em dezembro, foram, respectivamente, de 60,9% e de 39,1%.

Publicado quarta-feira, 9 de Janeiro de 2019 - 0h00