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Debater ideias e oportunidades para elevar a produtividade e o acesso a mercados adaptados à realidade das empresas de pequeno e médio porte.

Esse foi o objetivo da segunda edição do Seminário da Pequena e Média Indústria, realizado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), por meio do Conselho da Pequena e Média Indústria (Copemi), nesta terça-feira (22). “Queremos provocar nossas indústrias a serem proativas, buscando retomar o protagonismo do nosso desenvolvimento”, declarou o coordenador do Copemi, Marlos Schimdt, durante a abertura do evento. 

A palestra principal do encontro foi do CEO e CCO da Arezzo, Alexandre Birmann, que compartilhou sua experiência à frente da companhia reconhecida internacionalmente por sua excelência no setor calçadista. Ele destacou que a Arezzo valoriza os jovens talentos, aliados ao conhecimento de outras gerações – a média de idade dos funcionários é de 34 anos, incluindo a alta gerência. “Na nossa empresa, as pessoas são pilares fundamentais na elaboração e execução da estratégia”, comentou. Segundo ele, um dos passos para o sucesso de empreender é a resiliência. “Além de se diferenciar no mercado, ser exclusivo e oferecer excelência naquilo que se faz”, afirmou. 

O marketing digital foi apresentado como importante ferramenta de baixo custo – na comparação com alternativas tradicionais – e muito mais certeiro nos resultado. “Pense o website como único ambiente institucional controlado, ele precisa ser o topo da preocupação para chegar ao cliente potencial. Informações importantes no site da companhia geram resultados orgânicos na busca do Google”, sugeriu o representante da FCM Consultoria, Fabrício Magayevski. Também foi tratada a teoria do funil de vendas como ferramenta para acelerar negócios, além da apresentação de cases de pequenas e médias indústrias como a Rijeza e a Braslux. 

Entre as palavras-chave das palestras estiveram compartilhamento, transformação de problemas em oportunidades e aproximação empresa-universidade – como forma de promover a inovação dentro da indústria. A partir de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que mostravam que apenas 77% da capacidade instalada das indústrias brasileiras era utilizada, surgiu a ideia da Peerdustry. A startup, de São Paulo, desenvolveu um serviço de compartilhamento de manufatura, que aproxima clientes com máquinas ociosas de outros com demanda de produção, mas sem equipamento. “Transformamos os dados em negócio e estamos colhendo os resultados”, declarou o diretor de Desenvolvimento de Mercado da área Metalmecânica da Peerdustry, Oscar Capretz. 

Ainda foram apresentadas soluções do Sistema FIERGS para pequenas e médias empresas, como Sesi Viva Mais, a consultoria em Lean Manufactoring e eficiência energética do Senai, e o  programa de gestão da inovação do IEL-RS.

Publicado sexta-feira, 1 de Junho de 2018 - 0h00