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Indústria plástica coloca economia circular na pauta de prioridades

Economia circular e sustentabilidade são compromissos da indústria brasileira do plástico. Esse foi um dos enfoques dos representantes do setor que participaram, nessa quarta-feira (25), da 10ª edição do Fórum Brasileiro de Reciclagem Energética de Resíduos Sólidos com Ênfase em Plásticos – Energiplast, na FIERGS. “O segmento de reciclagem oferece uma imensa gama de opções para o empreendedorismo”, observa o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS, realizador do evento, Gerson Haas. Ele destaca também que é preciso um trabalho educativo para que a sociedade aprenda a destinar adequadamente o “pós-consumo”.

Segundo o Instituto Plastivida, em 2016 foram recicladas 550,4 mil toneladas de material plástico no Brasil, equivalente a 25,8% do produto pós-consumo do período. “A economia circular é a pauta, trabalhar a destinação correta. Isso é uma necessidade e a indústria tem feito ações mostrando que o plástico pós-consumo tem valor”, garante o diretor da FIERGS e vice-presidente do Sinplast, Edilson Deitos. Ele cita iniciativas como as do programa Tampinha Legal, que recolhe tampas plásticas, vende para reciclagem e depois repassa o valor arrecadado para entidades assistenciais. Já foram doados mais de R$ 500 mil.

Em sua apresentação Panorama da indústria do Plástico no Brasil, o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), José Ricardo Roriz Coelho, enumerou algumas das ações do setor no País, lembrando que 20% do plástico produzido pode ser reutilizado. De acordo com Coelho, o momento atual é de transição da economia linear (com extração crescente de recursos) para a circular (na qual  resíduos podem virar insumos para a produção de novos produtos).

Coordenador da Energiplast, Luiz Henrique Hartmann salienta que no mundo todo há uma demanda crescente pela produção com sustentabilidade e que o tema saiu da retórica para ser debatido em fóruns importantes e colocado em prática pela indústria. “A nova geração não admite processos que não sejam sustentáveis”, diz, reforçando que a tecnologia disponível hoje permite o reaproveitamento de boa parte do resíduo plástico.

A 10ª edição do Energiplast apresentou ainda, entre outros temas,  palestras sobre tecnologias de reciclagem mecânica de plásticos e rede de cooperação para o plástico no Brasil, além e apresentar casos de empresas que utilizam a reciclagem na prática.

Publicado quarta-feira, 25 de Setembro de 2019 - 17h17