Ao participar do seminário Uma Nova Abordagem para a Tecnologia na Educação, dentro da programação do Sesi com@Ciência, na FIERGS, nessa segunda-feira (30), o professor da Universidade de Columbia (EUA), Paulo Blikstein, contou que, certa vez, encontrou um gestor público que lhe disse ter mais de 200 escolas com robótica. "Mas não se pode dizer que se ensina robótica com apenas um kit por escola e meia hora de aula por mês", afirmou Blikstein. "Não se pode usar um discurso de educação progressista sem recurso e sem preparo".
O professor da Universidade de Columbia dirige o Transformative Learning Technologies Lab. e disse ainda que não existe e nem vai existir tecnologia que coloque o conhecimento na cabeça do aluno. "Uma máquina, um vídeo, um robô, não fazem esse trabalho. Nada substitui o papel de um professor", reforçou.
Ele participou do seminário ao lado do professor da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), André Raabe, que coordena Laboratório de Inovação Tecnológica na Educação (Lite). No local, são desenvolvidos projetos de cultura maker para estudantes do Ensino Fundamental de escolas públicas catarinenses. “As turmas trabalham integradas e realizam seus projetos com base nos desejos de cada aluno. Os jovens se engajam de maneira que cada um faz uma coisa diferente e o professor tem um papel fundamental, de co-autor”, explicou Raabe.