Colombo fez referência ao reconhecimento e recomendação por parte da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), uma área de extrema relevância no Ministério da Educação, para o modelo de consultoria de educação do Sesi-RS junto à prefeitura da cidade de Panambi. Neste aspecto, vale observar que o Sesi-RS tem feito esforços há alguns anos para chegar a esses resultados. “No caso de Panambi, a comunidade entendeu a urgência que é a educação como cidade e que não cabe a ninguém ficar de fora, professores, alunos, pais e empresários”, complementa a gerente da área de educação do Sesi-RS, Sônia Bier.
Em relação aos temas tecnológicos, algumas das palestras da segunda edição do Sesi com@Ciência chegaram a emocionar professores e jovens na plateia. A educadora Debora Garofalo, que atua há 14 anos na rede pública de São Paulo e foi considerada uma das dez melhores professoras do mundo pelo Global Teacher Prize 2019, foi uma delas. Em sua apresentação, ela contou sobre a experiência de dar aula de tecnologias na Comunidade Alba, na periferia de São Paulo, que apresenta um dos maiores índices de violência urbana e tráfico de drogas na cidade.
Segundo ela, o local, que fica na Zona Sul da capital paulista, próximo a bairros nobres como Jabaquara, e do Parque Ibirapuera, sequer tem saneamento básico. E as crianças vivem uma realidade ainda mais dura. “70% dos pais ou mães das crianças estão presos. A escola estava rodeada de lixo, o que provocava mau cheiro, doenças e alagamentos em dias de chuva. Tive a ideia de transformar esse lixo em robótica”, contou. A princípio, os alunos não gostaram da proposta, de ir recolher lixo nas ruas. Ela sugeriu, então, que eles levassem os celulares e fotografassem a missão. O resultado é que não só registraram o lixo e a sucata, como também passaram a refletir sobre a situação em que viviam.