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O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), nesta quinta-feira (23), revela que, ao começar 2020, o otimismo se dissemina nesse setor no Estado. Cresceu em janeiro para 66,5 pontos, 1,6 a mais do que dezembro, 10,7 de alta nos últimos sete meses e 13 acima da média histórica. Embora seja comum a expansão desse sentimento a cada abertura de ano, com exceção de 2019, o industrial gaúcho não iniciava tão confiante desde 2010.

O ICEI-RS varia de 0 a 100 pontos, sendo que acima de 50 sinaliza confiança. Em janeiro, o destaque ficou com o Índice de Condições Atuais, que alcançou 60,4 pontos (+1,2 ante o mês anterior), o maior nível em quase dez anos, e que desde agosto do ano passado cresceu 13,6. Isso mostra que a percepção de melhora é ampla entre os industriais, principalmente na economia brasileira, cujo índice (63,5 pontos) foi o maior desde janeiro de 2010, aumentando 2,7 ante dezembro. Mais da metade (56,3%) das empresas consultadas na pesquisa percebe rumos positivos na economia brasileira. As condições favoráveis das empresas também são bastante difundidas, com 59 pontos no mês.

FUTURO
Bem acima dos 50 pontos, valor limite estabelecido pela pesquisa entre o otimismo e o pessimismo, o Índice de Expectativas dos empresários para os próximos seis meses subiu em janeiro para 69,6 pontos (67,7 em dezembro). O índice aponta confiança elevada. Mais de sete em cada dez (74,4%) empresários estão otimistas com a economia brasileira. Essa foi a quarta alta seguida e a sexta em sete meses (9,9 pontos). Neste mesmo período, o Índice de Expectativas com relação à economia brasileira cresceu 12,4 pontos, marcando 69, em janeiro (foi 67,3 em dezembro), pontuação que chega a 70,1 quando se trata do Índice de Expectativas sobre a empresa (67,9 no mês anterior).

Na avaliação da FIERGS, os primeiros sinais da indústria gaúcha para 2020 são positivos, e tanto as condições atuais quanto as expectativas continuam bastante favoráveis e compatíveis com um quadro de retomada neste primeiro semestre, a despeito da ausência de resultados concretos, como a atividade industrial, que mostra clara tendência de queda nos últimos meses.

A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 17 de janeiro com 204 empresas, sendo 37 pequenas, 68 médias e 99 grandes. Acompanhe aqui o resultado completo, bem como a série histórica e a metodologia.

Publicado quinta-feira, 23 de Janeiro de 2020 - 17h17