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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atendeu a uma demanda da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) e suspendeu por seis meses os pagamentos de parcelas de financiamentos já contratados por empresas. A decisão faz parte de medidas emergenciais anunciadas pelo banco em função da crise provocada pela pandemia de coronavírus. A solicitação de “medidas compensatórias diante da situação emergencial provocada pela Covid-19” havia sido feita pelo presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, em carta enviada ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano, na última quinta-feira (19).

Em sua correspondência a Montezano, o presidente da FIERGS solicitava ao BNDES a instituição junto aos agentes financeiros de “uma carência de seis meses nos financiamentos já contratados, mantendo apenas o pagamento dos juros, possibilitando que as empresas optem por pagar a amortização diluída no total de parcelas restantes ou ao final do contrato”.

Outra medida pleiteada pela FIERGS foi a de limitar a taxa do agente financeiro “em 1% a.a. na linha BNDES Crédito Pequenas Empresas”, compartilhando o risco da operação com os bancos. Em sua justificativa, o presidente da FIERGS explicou que “tais medidas possibilitarão que as empresas ajustem o fluxo de caixa nesse período de baixa demanda, onde os maiores custos fixos são com a folha de salários e empréstimos, visto que as demais despesas dependem de produção e venda”.

Na decisão, o BNDES anunciou a suspensão de pagamentos para as operações diretas, com suspensão integral de juros e principal por seis meses, capitalização no saldo devedor, manutenção do prazo total e limitação de dividendos ao mínimo legal.

Publicado segunda-feira, 23 de Março de 2020 - 11h11