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A decisão do governador  Eduardo  Leite  de adotar o distanciamento  controlado a partir de maio preocupa a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), que sugere a antecipação dessa medida. O presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, propõe a flexibilização já a partir da próxima segunda-feira, dia 27. “O comércio e a indústria  precisam se readaptar nessa retomada. As indústrias já estão   com um fluxo  de caixa muito baixo, não  adianta continuar a produzir se o comércio  não consegue colocar os produtos  no mercado”, diz Petry.

O presidente  da FIERGS reforça que, a partir da liberação,  a normalidade na rotina das pessoas não voltará imediatamente, mas de forma lenta e gradual, apenas depois que o Ministério da Saúde anunciar oficialmente o fim da crise no coronavírus  no Brasil. Gilberto Porcello Petry sugere algumas medidas de cautela para a população, como o uso obrigatório  de máscaras em ambientes internos. Nas indústrias que já retornaram e ainda irão voltar,  ele diz, medidas preventivas foram tomadas para proteger os funcionários,  como um maior espaçamento entre os postos de trabalho, uso de máscaras e álcool gel, entre outras. Mas a utilização de equipamentos individuais de proteção já é  praxe na indústria, observa. Ele destaca, porém, que a posição de Eduardo  Leite é difícil, em função  das consequências  que virão  de seus atos, mas que de uma forma geral tem sido bastante acolhedor às pretensões da indústria. 

Petry entende que o ano econômico já  está perdido para a maioria dos setores industriais  e que o objetivo agora é  o de “reduzir o prejuízo”.  Ele lembra  que o Fundo Monetário Internacional  (FMI) já prevê queda superior a 5% no PIB do Brasil  em 2020. Entretanto, o próprio Petry acredita que, nas condições atuais, poderá ser ainda maior, chegando próximo dos 8%.

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Publicado quarta-feira, 22 de Abril de 2020 - 12h12