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Empresas precisam incluir a pauta ESG como estratégia de gestão

Em um mercado cada vez mais preocupado com o tema e com consumidores exigentes, que levam em conta as boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa no momento de fazer suas escolhas, o ESG (Environmental, Social and Governance) precisa entrar definitivamente na política de gestão das empresas brasileiras. Esse foi um dos tópicos abordados na segunda edição do Fórum ESG da Indústria, nesta quarta-feira (26), na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). O evento reuniu painelistas para aprofundar a discussão da temática visando ao fortalecimento dos setores industriais. “Hoje, a preocupação com questões relacionadas com a agenda ESG é uma prioridade estratégica para os líderes com maior visão de futuro. A ideia de que a empresa deve gerar valor além das questões econômicas, ganha corpo e velocidade”, destacou o diretor da FIERGS e coordenador do Conselho de Meio Ambiente (Codema) da entidade, Newton Battastini.

A promoção do fórum foi da FIERGS, por meio do Serviço Social da Indústria (Sesi-RS) e do Codema, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Segundo o diretor-técnico do Sebrae-RS, Ayrton Ramos, a pauta ESG é instigante principalmente pelos desafios, oportunidades futuras e tendências que indica às empresas.

Para o gerente executivo de meio ambiente e sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Davi Bomtempo, o ESG já está na agenda da CNI e o Brasil precisa pensar definitivamente em temas fundamentais da atualidade, como a redução do desmatamento ilegal e em uma política de biocombustíveis e energia renováveis. Bomtempo participou do painel A agenda ESG e a indústria, ao lado da analista de research ESG da XP Inc., Luiza Aguiar.

Em sua participação no painel O fator humano como prioridade estratégica nos negócios, o superintendente do Sesi-RS, Juliano Colombo, lembrou da importância de as empresas terem foco em “gente”, que inclui a saúde integral – física e mental – dos funcionários. Políticas de cuidado que funcionem, ressaltou, acabam por gerar mais impacto na economia e benefícios também para a empresa, evitando afastamentos para tratamentos de saúde, por exemplo. “É uma pauta que une todos os segmentos e que precisamos debater”, disse Colombo, mediador do painel com o presidente do Sindilojas e diretor da Elevato, Arcione Piva, e o CEO da Excelsior Alimentos, Luiz Motta.

Piva afirmou que as empresas devem implantar práticas que estimulem a confiança do funcionário, como benefícios, acolhimento ao novo empregado, festa de final de ano, entre outros programas internos que promovam engajamento. “É muito importante escutar, esse também é o papel do empreendedor, do líder”, observou. Motta, por sua vez, ressaltou o papel da diversidade e da inclusão dentro das empresas, pois amplia a visão de sociedade, com pessoas com olhares diversos e que pensam diferente, além de trazer resultados financeiros.

 O painel de encerramento teve como tema Tendências agenda ESG. Reuniu a líder de ESG América do Sul na General Motors (GM) e diretora do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (CIERGS), Daniela Kraemer; o diretor da CMPC Brasil e vice-presidente regional do CIERGS, Mauricio Harger; e Ayrton Ramos, do Sebrae-RS. “Hoje, o ESG não é apenas um diferencial na empresa, é uma obrigação, não há como administrar o meu negócio sem respeitar o meio ambiente e o social”, frisou Daniela.  Harger reforçou que o primeiro desafio é quebrar o paradigma de que entrar no ESG é apenas custos para a empresa, pelo contrário, trata-se de redução de custos,  retorno de investimentos e valorização de produtos. A moderação deste último painel ficou com Newton Battastini.

O Fórum ESG da Indústria teve ainda os painéis Governança Corporativa: Por que tudo começa aqui? e Ambiental: O futuro das organizações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Publicado quarta-feira, 26 de Julho de 2023 - 18h18