Frequentador há 40 anos da Feira Industrial de Hannover, o presidente da FIERGS e vice-presidente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gilberto Porcello Petry, avalia a evolução deste que é o principal evento de tecnologia industrial do mundo e termina nesta sexta-feira, na Alemanha. “Em 1984, quando vim pela primeira vez, a feira tinha mais produtos. Isso foi mudando com o avanço da tecnologia e da Inteligência Artificial, e hoje estão expostos mais componentes industriais. A feira está com um número menor de expositores (foram 4 mil na edição de 2024), mas continua muito bem prestigiada”, diz.

Petry representou a CNI no evento e liderou a missão brasileira composta por 241 participantes – 81 deles gaúchos –, ao lado do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe. O presidente da FIERGS vê como saldo positivo da missão, além do contato com as inovações da indústria e a possibilidade de estabelecimentos de acordos entre empresas, a chance cada vez mais concreta de o Brasil ser escolhido como país-parceiro da feira em 2026. Este ano foi a Noruega e, em 2025, será o Canadá. “Caso isso se concretize, é uma oportunidade única para o Brasil apresentar sua indústria ao mundo. A CNI também é parceira nesta escolha", destacou Petry.

A decisão final depende de uma resposta positiva do governo brasileiro ao convite. O assunto foi abordado por Gilberto Petry durante o Fórum Brasil-Alemanha, Atualizando a Parceria Bilateral, na segunda-feira, e em reunião com o presidente da Feira de Hannover, Jochen Köckle.  Em maio, o diretor da Hannover Messe, Marco Siebert, pretende ir ao Brasil para se reunir com os Ministérios de Relações Exteriores (MRE) e da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), bem como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).