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Ajuste fiscal permitirá investimentos em infra-estrutura

Duas áreas terão prioridade entre os investimentos previstos pelo governo do Estado após o empréstimo de US$ 1,1 bilhão, do Banco Mundial: infra-estrutura e segurança. O anúncio foi feito pela governadora Yeda Crusius, no Palácio Piratini, após a assinatura do contrato de financiamento com o diretor da instituição financeira para o Brasil, John Briscoe, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Com o empréstimo, a ser pago em 30 anos, o governo gaúcho pretende acelerar o Programa de Ajuste Fiscal, que objetiva zerar o déficit público. Em 2007, a iniciativa diminuiu pela metade o déficit de R$ 2,4 bilhões. Neste ano, é esperado que o mesmo chegue, pelo menos, a R$ 300 milhões. "Os recursos que seriam usados para o pagamento da dívida podem gerar investimentos. Serão R$ 200 milhões de forma quase imediata. Por isto, assim que o dinheiro estiver depositado, criaremos um núcleo dentro da Secretaria da Fazenda para agilizar a utilização destes recursos. Infra-estrutura e segurança são nossas prioridades", disse a governadora Yeda Crusius.

Para o presidente da FIERGS, Paulo Tigre, que participou da cerimônia, estes resultados mostram que o Estado está conseguindo superar as dificuldades. "O processo de controle fiscal mostrou um trabalho profissional, bem articulado em todos os níveis. Quando o Rio Grande do Sul trabalha unido, os resultados aparecem", comentou.

O financiamento é o maior já concedido pelo Banco Mundial a um governo subnacional e deve servir de modelo a outros Estados que buscam um ajuste fiscal. "É uma negociação especial, que nunca havia sido efetuada desta forma na América Latina. E o Banco Mundial fica satisfeito, porque precisa se envolver com os desafios do país", comentou Briscoe.

Publicado segunda-feira, 1 de Setembro de 2008 - 0h00