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“Com a quarta revolução industrial, a ciência e a tecnologia terão mais valor do que o capital. Neste novo contexto, observamos que uma aproximação entre o Brasil e a Coreia do Sul deve promover resultados muito positivos”. A observação é do embaixador sul-coreano no Brasil, Chan-Woo Kin, que se esteve na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul nesta terça-feira (21) e foi recebido pelo presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry.

Neste sentido, o embaixador informou que durante as olimpíadas de inverno, realizadas em fevereiro deste ano em seu país, foi testada a internet 5G. Ele também informou que os semicondutores já representaram 20% do produto interno bruto coreano, mas que hoje a estratégia é diversificar, de forma que um setor da economia não concentre um percentual tão elevado do PIB.

Outro assunto tratado foi a negociação do acordo entre Mercosul e Coreia do Sul, que deve contemplar áreas como bens de serviços, compras governamentais, propriedade intelectual, comércio eletrônico, investimento e desenvolvimento sustentável. “Acreditamos que o cronograma de três anos vai proporcionar um crescimento vertiginoso dos negócios entre o Brasil e o nosso país”, afirmou Kin. O presidente Petry ressaltou que o Rio Grande do Sul é estratégico para o Mercosul. “Nosso Estado é o portão de entrada para o Mercosul e a FIERGS está aberta a contribuir no que for necessário para a aproximação entre indústrias gaúchas e sul-coreanas”, declarou. Ele também destacou as oportunidades de negócios geradas com a criação do Polo Carboquímico do Rio Grande do Sul.

A Coreia do Sul é o nono destino das exportações do Rio Grande do Sul, que comercializa ao País especialmente resíduos da indústria alimentar, tabaco, cereais e produtos químicos e orgânicos. Já a nação asiática é a 12ª maior origem das importações gaúchas, com aquisição de veículos, máquinas e materiais elétricos e móveis. Em 2017, o Estado comercializou US$ 361 milhões ao País e importou US$ 225 milhões, gerando um saldo comercial de US$ 136 milhões. Ao mesmo tempo, o Brasil importou US$ 5,2 bilhões e exportou US$ 3,07 bilhões, um saldo comercial negativo de 3,87%.

Crédito foto: Dudu Leal

Publicado Terça-feira, 21 de Agosto de 2018 - 17h17