O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) teve queda de 14% nos primeiros nove meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2008. Esse é o maior recuo em 18 anos e o resultado foi influenciado, em especial, pela fraca performance das empresas intensivas em exportação. Para esse grupo, o indicador desacelerou 21%. "O resultado reflete as dificuldades enfrentadas pelos exportadores em um cenário de atividade econômica ainda ruim em importantes países que compram do Rio Grande do Sul e, de um câmbio valorizado, que aumenta os custos de produção, prejudica a competitividade do segmento e reduz a receita em reais", alertou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Paulo Tigre, ao avaliar nessa terça-feira (3) os indicadores.
Para o industrial, o setor exportador merece uma atenção especial, principalmente porque o Rio Grande do Sul tem uma forte vocação para o comércio internacional. "Nesse momento, o governo deveria diminuir encargos tributários efetivos sobre as empresas exportadoras, ressarcindo os créditos tributários. Essas medidas ajudariam a preservação da competitividade junto aos outros mercados e permitiria a abertura de mais empregos", salientou o presidente da FIERGS.
Setembro − O IDI-RS de setembro em relação a agosto teve uma elevação de 1,2%. Mas quando é comparado com setembro de 2008, o índice demonstra que o setor industrial ainda está longe de recuperar as perdas provocadas pela turbulência internacional. Em relação ao mesmo mês do ano passado, as compras desabaram 27,7%, assim como as horas trabalhadas na produção, que tiveram perdas de 14,3%. A utilização da capacidade instalada e o faturamento recuaram 9,5% e 10%, respectivamente.
As variáveis ligadas ao mercado de trabalho, nessa base de comparação, também seguem negativas: emprego
(-9%) e massa salarial (-10,4%).
