A autorregulação sindical esteve no centro das questões abordadas no segundo dia do 1º Congresso Sindical da Indústria. Para os representantes da CNI e das Centrais Sindicais, é importante a autonomia nas negociações, tanto dos sindicatos de trabalhadores quanto dos empregadores, sem intervenção do Estado.
A proposta de construção de mecanismos de autorregulação, abordada por ambos no painel realizado no sábado, 19 de agosto, passa pela criação de câmaras setoriais. “O que nós estamos tentando propor coletivamente é definir os instrumentos capazes de olhar para o futuro e dar possibilidade de fazer esse sistema permanentemente melhor, por isso, a autorregulação”, argumentou Furlan.
De acordo com Clemente Ganz Lúcio, caberá às Câmaras – de trabalhadores e empregadores – desenharem os processos de negociação coletiva de forma autônoma. “Provavelmente daqui a um tempo, juntos, esses fóruns poderão dar outros passos normativos e ir reposicionando as coisas de tal forma que tenhamos menos judicialização, e mais composição na solução de problemas. Se a gente fizer isso, nós vamos colar o nosso sistema à realidade”, disse.