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Balança comercial da indústria gaúcha registra maior superávit do ano

A balança comercial da indústria do Rio Grande do Sul fechou setembro com superávit de US$ 235 milhões. É o maior saldo mensal verificado em 2011. Enquanto as exportações avançaram 36,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, somando US$ 1,61 bilhão, as importações cresceram em um ritmo consideravelmente inferior (9,1%), totalizando US$ 1,38 bilhão. "O recente fortalecimento do dólar no mês de setembro é especialmente benéfico para a economia do Rio Grande do Sul, que apresenta forte viés exportador", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, nessa quinta-feira (13).

A indústria gaúcha respondeu por 77,8% das vendas externas do Estado em setembro. Em 2010, neste mesmo mês, a participação foi de 82,4%. Essa queda pode ser explicada pelo aumento nos embarques de produtos básicos que, nessa base de comparação, subiram 86,7%, aumentando assim seu peso de 16,6% para 21,4%. Boa parte desse movimento se deve à expansão nas exportações de grãos de soja (87,4%) para a China e o Vietnã.

Os setores industriais com os avanços mais significativos nas exportações foram Máquinas e Equipamentos (90,6%), Tabaco (64,9%) e Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (61,6%) e Químicos (46,5%). Já as quedas mais expressivas foram registradas nos segmentos de Materiais Elétricos (- 43,1%) e Móveis (-15%).

No que se refere aos destinos, a China manteve a primeira colocação em setembro, aumentando sua participação na pauta do Estado de 24% para 30%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Os principais produtos importados pelo país asiático foram grãos e óleos de soja, assim como tabaco não manufaturado. Em seguida veio a Argentina, com 8,5%, recebendo automóveis, produtos químicos e carnes de suíno. Na terceira posição, respondendo por 6,3% da pauta de exportação, ficaram os Estados Unidos, em que se destacaram os hidrocarbonetos e armas de fogo.

O Rio Grande do Sul foi o terceiro Estado da Federação que mais exportou no mês passado, respondendo por 8,9% do total da pauta brasileira em setembro. A primeira posição ficou com São Paulo (24%), seguido por Minas Gerais (16,7%). O Rio de Janeiro (8,2%) e Pará (8%) completam o ranking dos cinco maiores exportadores do Brasil.

Nas importações, o crescimento de produtos industrializados (9,1%) foi alavancado pelas compras de Químicos (89,1%), Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (43%), Máquinas e Equipamentos (20,1%). Os segmentos que registraram as quedas mais significativas foram Borracha e Plástico (-24%), Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-16,7%) e Extrativa Mineral (-13,9%).

Câmbio − A desvalorização de 10% da taxa média de câmbio, entre agosto e setembro, fez com que cerca de R$ 250 milhões fossem injetados na economia gaúcha através do comércio exterior no mês passado. Em reais, as exportações somaram R$ 2,82 bilhões em setembro, um resultado bem maior que o verificado no mesmo mês de 2010: R$ 2,17 bilhões.

Publicado quinta-feira, 13 de Outubro de 2011 - 0h00