A reunião mensal do Banco de Resíduos, realizada nesta quinta-feira, na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) , teve como convidado o secretário geral da Reciclanip, Marcelo Pricoli. A entidade sem fins lucrativos foi criada pelas fabricantes de pneus Good Year, Bridgestone, Michelin, Pirelli e Continental para resolver o passivo ambiental gerado pelos pneus inservíveis, depois de usados. Desde 2009, a legislação exige que para cada pneu novo comercializado, as companhias devem dar destinação aos pneus que não podem mais serem utilizados. O controle é feito por peso, não por unidade.
O executivo explicou que normalmente existe um ponto de coleta para cada cidade com mais de 100 mil habitantes. Ao todo, são 45 empresas envolvidas e 900 empregos diretos gerados pelo sistema. "Desde o início do programa, em 1999, já foram investidos US$ 110 milhões de dólares na Reciclanip. Neste período, foram recolhidos cerca de 280 milhões de pneus, ou seja, 1,3 milhão de toneladas", comentou Pricoli, lembrando que alguns estados e municípios já incluíram na legislação a utilização de sobras de pneus em serviços de construção civil contratados para obras públicas. Segundo ele, atualmente, os principais destinos dos pneus no Brasil são a indústria de cimento, as construções asfálticas, o setor calçadista e até mesmo produtos como revestimentos acústicos.
O presidente do Banco de Resíduos, Tito Lívio Goron, considerou importante a visita de Pricoli. Desde 2006, as duas entidades já mantêm contato para analisar a situação gaúcha em relação ao tema. "É um setor que serve de referência. Outras cadeias, com mais empresas, teriam dificuldades em atingir tal grau de organização. Mas, com certeza é um exemplo a ser seguido", disse Goron
